Os socialistas espanhóis elegeram neste sábado (04/02) o político Alfredo Pérez Rubalcaba como seu novo líder e sucessor do ex-primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero à frente da Secretaria-Geral do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol).
Ex-vice-presidente do Executivo espanhol e ex-ministro do Interior do governo Zapatero, Rubalcaba assume a responsabilidade de tentar tirar o PSOE da crise que representou a derrota arrasadora sofrida pela legenda no pleito do dia 20 de novembro do ano passado para o conservador Partido Popular, agora no poder na Espanha.
Segundo a contagem dos votos do 38º Congresso Federal do PSOE, Rubalcaba recebeu 487 votos, 22 a mais que a ex-ministra da Defesa espanhola Carme Chacón, além de dois votos em branco e outro nulo.
O novo líder do partido terá como uma de suas prioridades buscar melhorar as previsões das pesquisas de opinião para as eleições regionais da Andaluzia, convocadas para o próximo dia 25 de março. Segundo os atuais levantamentos, o PP deverá vencer os socialistas nesta região espanhola.
Na defesa de sua candidatura realizada pouco antes da votação, Rubalcaba afirmou que, se fosse eleito secretário-geral do partido socialista, exerceria uma liderança forte.
Como mostra dessa força, ele anunciou que, se o PSOE voltasse ao governo, estaria disposto a relançar as posturas socialistas dos últimos 30 anos e romper o acordo dessas décadas com a direita espanhola, à qual acusou de “sistematicamente fragilizar todos os consensos” no curto período em que está no governo.
Entre essas revisões estaria, disse Rubalcaba, os acordos vigentes com o Vaticano, que oferecem na Espanha uma posição de privilégio à religião católica em relação a outros credos.
A unidade dos socialistas foi outro dos eixos do discurso, no qual também defendeu “mudanças com conteúdo” e demonstrou apoio a um projeto solvente e com credibilidade, que permita recuperar a confiança dos cidadãos, começando pelos municípios.
Rubalcaba defendeu o legado de Zapatero e lhe agradeceu que tenha priorizado, nos últimos anos, os interesses do conjunto do país sobre os de seu próprio partido.
A defesa “a todo custo” dos direitos sociais e civis será outra de suas bandeiras, assim como continuar aprofundando na igualdade de gênero.
Ele também disse que, nos próximos meses, convocará uma conferência do partido e proporá a revisão do sistema de votação dos espanhóis no exterior, que, em sua opinião, se demonstraram um fracasso nas últimas eleições.
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