O diretor-assistente do FMI (Fundo Monetário Internacional), John Lipsky, assumiu temporariamente a direção da instituição, após a detenção do diretor-gerente do organismo, o francês Dominique Strauss-Kahn, acusado de tentativa de violação em Nova York.
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Segundo explicou o porta-voz do fundo, Bill Murray, “de acordo com os procedimentos normais no FMI”, Lipsky exerce as funções de diretor-gerente enquanto o titular não se encontra em Washington, a sede da instituição multilateral.
O conselho diretor do fundo deve realizar nas próximas horas uma sessão informal para receber informação sobre os eventos em torno de Strauss-Kahn.
Por enquanto, indicou o porta-voz, o número três do FMI, Nemat Shafik, substituirá Strauss-Kahn na reunião de ministros de Finanças da zona do euro na segunda-feira em Bruxelas.
O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, no entanto, não acredita que a detenção de Strauss-Kahn, afete as negociações sobre os pacotes de resgate na eurozona.
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“O FMI é uma instituição bem organizada, plenamente operacional e terá um representante nas reuniões chaves”, disse Schäuble em declarações à emissora ARD.
Em paralelo, o ministro de Cooperação francês, Henri de Raincourt, não excluiu a possibilidade de Strauss-Kahn de ter sido vítima de uma armadilha, mas pediu para deixar o trabalho para a Justiça antes de tirar conclusões precipitadas.
“Não excluo nada. Nem uma armadilha nem uma manipulação. Digo francamente que é preciso ser prudente e deixar que a Justiça faça seu trabalho”, afirmou em entrevista concedida ao canal TV5.
Previamente, o FMI tinha indicado que não faria comentários sobre a detenção de seu diretor-gerente e afirmou que a instituição continua “completamente operacional”.
O alto funcionário foi acusado formalmente de tentativa de violação, ato sexual delitivo e retenção ilegal, no suposto assalto sexual contra uma camareira do hotel onde estava hospedado no centro de Nova York.
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