A primeira rodada de negociações de paz entre o Estado colombiano e a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN) foi concluída nesta segunda-feira (12/12).
Os encontros foram iniciados no dia 30 de novembro, na cidade de Caracas, capital da Venezuela. O país vizinho é um dos mediadores do processo, junto com o México e a Noruega.
No entanto, vale destacar que um dos acordos realizados nesta primeira série de diálogos é justamente o convite para que outros países participem das conversas, incluindo o Brasil, depois da posso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Outros acordos importantes têm a ver com a criação de um programa para permitir o retorno de refugiados indígenas deslocados no Oeste do país, e a formação de um possível partido político da ELN, para que o grupo possa participar da política institucional do país.
Twitter / Chancelaria Colômbia
Delegações do governo da Colômbia e do ELN selam acordo em Caracas
Os diálogos de paz entre o governo colombiano e o ELN foram iniciados, na verdade, em 2018, quando o presidente do país era o neoliberal Juan Manoel Santos, e obedeciam os mesmos parâmetros alcançados dois anos antes com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
Em 2019, quando o ultraconservador Iván Duque assumiu o poder, o governo se retirou da mesa de negociação, e o diálogo ficou congelado até esta retomada em novembro passado, por iniciativa do novo presidente, o progressista Gustavo Petro.
Além das delegações do governo colombiano, da ELN e dos países mediadores, também participam do diálogo representantes da Igreja Católica colombiana e da Organização das Nações Unidas (ONU).
As duas partes terminaram a primeira série de diálogos anunciando a data e o local do próximo encontro: janeiro de 2023, na Cidade do México.