Atualizada às 10:13
A primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou nesta sexta-feira (09/06) que formará governo com o apoio do DUP (Partido dos Unionistas Democráticos), da Irlanda do Norte, após um resultado desastroso para o Partido Conservador na eleição convocada por ela em abril.
Na eleição realizada na quinta-feira (08/06), os conservadores amargaram a perda da maioria absoluta no Parlamento, um revés que tem levado a oposição e membros do próprio partido a pedir a renúncia da premiê – que afirmou hoje, porém, que pretende liderar a região “pelos próximos cinco anos”.
Em pronunciamento após se reunir com a rainha Elizabeth II, a quem pediu permissão para formar governo com o partido norte-irlandês, May afirmou que seu governo vai “dar segurança e liderar o Reino Unido neste momento crítico”.
A premiê convocou eleições com o objetivo de ampliar a maioria de seu partido no Parlamento para fortalecê-la durante as negociações para a saída britânica da União Europeia. Em vez disso, o pleito levou à perda da maioria absoluta dos conservadores, que passaram de 330 para 318 cadeiras – oito a menos do que as 326 necessárias para a maioria.
A aliança com o DUP, que conseguiu dez cadeiras, garante a maioria para os conservadores, mas enfraquece May tanto nas negociações com a UE quanto internamente. Além da oposição, vários parlamentares de seu próprio partido estão pedindo sua renúncia.
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Agência Efe
Theresa May, premiê do Reino Unido, em pronunciamento nesta sexta-feira (09/06)
May, porém, afirmou que seu governo irá “guiar o país pelas negociações sobre a Brexit, que começam em apenas dez dias” e “trabalhar para manter nossa nação segura, implementando as mudanças que eu estabeleci após os ataques em Manchester e Londres”, em referência à sua promessa de endurecer a legislação antiterrorismo, alterando as leis de direitos humanos, se necessário.
Ela ressaltou que o Partido Conservador conseguiu o maior número de votos e de cadeiras no Parlamento, e disse que “está claro que somente os conservadores e os unionistas têm a legitimidade e capacidade de dar segurança [ao país] ao comandar uma maioria na Câmara dos Comuns”.
A premiê prometeu focar suas energias em alcançar um “acordo vantajoso sobre a Brexit que funcione para todos neste país, assegurando uma nova parceria com a UE que garanta nossa prosperidade a longo prazo”.