Quarta-feira, 11 de junho de 2025
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Após as insinuações da ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, sobre a presença do grupo libanês Hezbollah no Chile e na Bolívia provocarem reações dos respectivos governos, a representante do governo argentino ligou para sua homóloga chilena Carolina Tohá, a fim de emitir um pedido de desculpas. Apesar da iniciativa para com Santiago, o mesmo não foi feito com La Paz.

A ligação entre Bullrich e Tohá foi informada por meio de um comunicado publicado nas redes sociais do Ministério de Segurança da Argentina, também veiculado pelo presidente do Chile, Gabriel Boric. No entanto, o documento foi excluído nas contas do ministério argentino e permanece agora apenas no perfil de Boric.

O comunicado argentino pedia desculpas ao governo chileno e negou suas próprias alegações sobre a presença de células do grupo armado libanês Hezbollah em Iquique, na fronteira entre Chile e Bolívia.

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Bullrich também argumentou que suas alegações foram feitas “no âmbito de uma análise da situação regional, dentro das funções de seu cargo [como Ministra da Segurança] e não tinham objetivo de provocar medo ou alarme no Chile”.

Autor desconhecido/Wikicommons
Bullrich argumentou que suas alegações foram feitas “no âmbito de uma análise da situação regional”

Por fim, o documento ainda reafirmava o compromisso de relações entre Argentina e Chile, de forma que Bullrich e Tohá devem se encontrar-se em uma reunião bilateral na próxima semana.

Por sua vez, Boric declarou sobre o documento: “Se uma autoridade de outro país tem um histórico de atividades ilegais no nosso, é apropriado que o levante através da diplomacia e não através da imprensa. Para combater o crime organizado transnacional precisamos de uma colaboração permanente entre os Estados, que é precisamente o que promovemos desde o Chile”, também escreveu o líder chileno.

“Meu dever como Presidente da República é defender o nome e a seriedade institucional do Chile em todas as instâncias”, finalizou ao declarar que as “desculpas” foram aceitas e “consideramos o assunto encerrado”.

(*) Com Ansa