Com 385 bilhões de dólares em caixa, o FMI (Fundo Monetário Internacional) anunciou nesta quarta-feira (18/01) que pretende levantar pelo menos US$ 500 bilhões (mais de 1 trilhão de reais) suplementares para enfrentar a crise da zona do euro e suas repercussões na economia mundial. O órgão espera contar com a participação dos países emergentes.
Segundo o comunicado, a decisão foi tomada com base na estimativa de que serão necessários recursos de 1 trilhão de dólares para financiamentos nos próximos anos. Nesta conta, está incluso o reforço de 200 bilhões de dólares nos cofres do fundo com o qual a Europa se comprometeu recentemente. “Estamos explorando as opções para levantar fundos”, diz o comunicado.
Os países da zona do euro já se comprometeram em dezembro a fornecer 192 bilhões de dólares ao FMI, sob a forma de empréstimos bilaterais. O fundo espera que os 308 bilhões de dólares restantes venham de outros Estados-membros, mas também de alguns europeus que não fazem parte da instituição, como a República Tcheca, a Dinamarca, a Polônia e a Suécia.
No entanto, fontes presentes na reunião disseram à agência Bloomberg, sob condição de anonimato, que o órgão financeiro também deve recorrer a China, Brasil, Rússia, Índia, Japão e a nações exportadoras de petróleo para levantar os recursos. As autoridades chinesas e brasileiras se mostraram prontas a contribuir, mas em troca Brasília e Pequim pedem para serem levadas em consideração durante as grandes decisões futuras do fundo.
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