O Talibã anunciou nesta quinta-feira (20/06) que, para retomar as negociações de paz com os EUA e Afeganistão, exige que cinco presos de Guantánamo sejam liberados. Segundo informações da agências internacionais, entre os cinco prisioneiros estão Khairullah Khairkhwa, um ex-governador do Talibã em Herat, e Mohammed Fazl, ex-comandante militar do grupo – ambos detidos há mais de 10 anos.
Como parte das negociações, o grupo afirma que também está disposto a libertar um soldado norte-americano mantido em cativeiro desde 2009. Em entrevista a Associated Press, o porta-voz do Talebã, Shaheen Suhail, disse que o sargento “está em boas condições.”
“Primeiramente, temos que libertar os detidos (Guantánamo)”, disse Suhail quando questionado sobre Bergdahl. “Sim, isso seria uma troca. Passo a passo, queremos construir laços de confiança para seguir em frente”, conclui.
Agência Efe
Imagem do escritório Talibã no Catar que causou grave crise diplomática, cancelando o primeiro dia de negociação de paz
No começo da semana, o Talibã, junto com EUA e o governo do Afeganistão, anunciou que daria início ao histórico processo de paz ontem (30). No entanto, as negociações foram adiadas após uma crise diplomática.
Segundo o jornal Washigton Post, o governo do Afeganistão se opôs à cerimônia de inauguração de um escritório político do Talibã no Catar. No evento, aconteceu o hasteamento de uma bandeira do Talibã e a presença de um cartaz com o nome dado pelo grupo ao país: Emirado Islâmico do Afeganistão. O fato irritou profundamente os dirigentes afegãos.
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Agora, o Afeganistão acusaWashington de quebra de confiança por terem prometido inicialmente que o novo escritório não seria a representação oficial de uma missão de fato.
Apesar disso, um porta-voz do governo do Afeganistão disse que o presidente Hamid Karzai está disposto a participar das conversações . “Não vemos qualquer problema em iniciar conversações com o Talibã no Catar, contanto que as exigências sejam cumpridas”, disse às agências internacionais.
Segue indefinida uma nova data para o novo encontro, pois para negociar “é necessário garantias”, diz o Talibã em nota oficial.