O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, convocou nesta quarta-feira (21/10) uma nova reunião de líderes europeus para discutir a crise humanitária devido ao forte fluxo de refugiados em direção ao continente. O encontro acontecerá em Bruxelas no próximo domingo (25/10) e contará com chefes de Estado ou de governo de dez países (Alemanha, Áustria, Bulgária, Croácia, Eslovênia, Grécia, Hungria, Macedônia, Romênia e Sérvia).
Em comunicado, a Comissão Europeia afirmou que o objetivo do encontro é adotar medidas “que possam ser implementadas imediatamente” quanto à chamada rota balcânica, trajeto comum de refugiados que entram na Europa.
Agência Efe
Refugiados esperam para cruzar a fronteira em Berkasovo, Croácia, em direção à Sérvia nesta quarta-feira (21/10)
A reunião foi convocada em meio ao agravamento da tensão na fronteira entre Eslovênia e Croácia, onde milhares de refugiados provenientes principalmente da Síria se concentram devido aos bloqueios na região à sua entrada na Europa.
Incêndio em campo de refugiados
Nesta terça-feira, tendas foram incendiadas em um campo de refugiados na cidade eslovena de Brezice, perto da divisa com a Croácia. Testemunhas disseram à BBC que foi uma forma de protesto dos próprios refugiados, que reclamam da forma que estão sendo tratados.
A demora para serem registrados e levados à Áustria, assim como problemas como falta de água, comida e cobertores, é motivo de insatisfação dos milhares de refugiados que se encontram no local. Bombeiros e equipes de emergência passaram a agir em conjunto com os refugiados para controlar o fogo.
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Agência Efe
Refugiados em Rigonce, povoado na Eslovênia perto da fronteira croata; Exército esloveno será destacado para conter refugiados
Eslovênia aprova presença do Exército na fronteira
Também nesta terça-feira foi aprovada uma lei no Parlamento da Eslovênia que dá mais liberdade para as Forças Armadas atuarem contra os refugiados na fronteira. Após a aprovação da lei, cuja votação foi de 66 votos a favor e 5 contra, tropas militares do país podem restringir a passagem de pessoas e conter a multidão com uso da força.
Ontem, o governo esloveno já havia começado a deslocar suas tropas para a divisa com a Croácia. A lei vale por um período de três meses, que pode ser prorrogado.
A Eslovênia é um local de passagem no percurso dos refugiados, que, em sua maioria, buscam chegar a países como Alemanha e Suécia, onde existem políticas mais receptivas. Desde o último sábado, 20 mil pessoas na condição de refugiadas entraram na Eslovênia.