Fortes chuvas continuam a atingir o norte da Itália nesta sexta-feira (17/05), fazendo com que várias casas fossem isoladas após a cheia do rio Muson dei Sassi romper a barragem na cidade de Camposampiero, província de Pádua, e provocar inundações generalizadas.
A onda de mau tempo atingiu duramente as regiões do Vêneto e Lombardia, com Milão sendo a cidade mais afetada com as chuvas mais fortes em 170 anos e diversas inundações devido ao transbordamento de ao menos três rios.
Já o governador do Vêneto, Luca Zaia, abriu uma unidade de crise após declarar estado de emergência, depois de chuvas intensas terem afetado toda a região, incluindo a província de Veneza, e a área entre Vicenza e Verona, onde as bacias hidrográficas não conseguiram conter a água.
🔵 In questa situazione drammatica, la più importante come volume di pioggia dal 2010, possiamo dire che le opere infrastrutturali, i bacini di laminazione, le diaframmature degli argini e i 2.500 cantieri aperti per la difesa idrogeologica, hanno permesso di evitare il peggio. pic.twitter.com/wr7OlgwrcK
— Luca Zaia (@zaiapresidente) May 17, 2024
“Estamos em dificuldades”, declarou ele, descrevendo a onda de mau tempo como “um fenômeno excepcional pela sua sazonalidade e características”, reconhecendo não esperar “uma tempestade como esta em meados de maio” e pedindo aos cidadãos para eles não saírem de suas casas, “exceto quando estritamente necessário”.
A situação também é grave em Castelfranco Veneto, em Treviso, onde caíram 100 milímetros de chuva em uma hora e dois rios transbordaram. Por precaução, o prefeito Stefano Marcon anunciou o fechamento de todas as escolas.
O Rio Muson, cujo nível se aproximou do máximo, causando inundações em vários municípios, acabou transbordando em Rustega, em Pádua, devido ao rompimento de uma barragem. Equipes de bombeiros e salva-vidas fluviais estão evacuando moradores de algumas casas que estavam isoladas.
A Defesa Civil decretou alerta vermelho no Vêneto e laranja para Friuli-Venezia Giulia e Lombardia, onde a situação também é crítica, com árvores caídas, danos em pontes e inundações e onde estão mais de 700 voluntários trabalhando. Os níveis do rio Pó, na Lombardia e na Emilia-Romagna, são monitorizados de perto.
Os cientistas alertam que a crise climática causada pelas emissões humanas de gases com efeito estufa está a tornar os fenômenos meteorológicos extremos, como ondas de calor, secas, tempestades e inundações, mais frequentes e mais intensos.
Recentemente, uma série de catástrofes desencadeadas por condições meteorológicas extremas demonstraram a exposição da Itália a riscos hidrogeológicos, incluindo inundações e deslizamentos de terra.
(*) Com Ansa