A ONG Human Rights Watch acusou o governo de Israel de usar a fome de civis palestinos como arma de guerra. A denúncia está em um relatório divulgado nesta segunda-feira (18/12), em Jerusalém.
“O governo israelense está usando a fome dos civis como método de guerra na Faixa de Gaza ocupada, o que é um crime de guerra”, denunciou a entidade humanitária.
De acordo com o relatório, as forças israelenses estão “bloqueando deliberadamente o fornecimento de água, comida e combustível, impedindo voluntariamente a assistência humanitária, destruindo áreas agrícolas e privando a população civil de bens indispensáveis para sua sobrevivência”.
Em meio à denúncia, subiu para 19.453 o número de mortos em ataques israelenses na Faixa de Gaza, de acordo com boletim divulgado pelo Ministério da Saúde de Gaza.
Isso representa um acréscimo de quase 600 vítimas em relação ao último balanço, publicado na sexta-feira passada (15/12).
UNRWA/Twitter
Em meio à denúncia, subiu para 19.453 o número de mortos em ataques israelenses na Faixa de Gaza
Ainda segundo o Ministério da Saúde, pelo menos 52.286 pessoas em Gaza ficaram feridas em mais de dois meses de conflito, que começou após os atentados sem precedentes cometidos pelo Hamas em Israel em 7 de outubro, com saldo de 1,2 mil mortos.
Os civis formam a maioria das vítimas nos dois lados da guerra. A expectativa é de que o Conselho de Segurança da ONU vote nesta segunda-feira uma nova proposta de resolução pedindo uma trégua humanitária, mas o texto ainda enfrenta resistência dos Estados Unidos, que têm poder de veto.
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, está em Israel para um encontro com o premiê Benjamin Netanyahu e prometeu que continuará fornecendo equipamento militar ao país. “O apoio dos EUA a Israel é forte. Nenhuma pessoa, organização ou Estado deveria colocar nossa determinação à prova”, alertou.
(*) Com Ansa