O terremoto de 8,9 graus na escala Richter que abalou o Japão na madrugada de hoje (11/03) levou pânico aos chilenos que vivem nas regiões costeiras, onde, há exatamente um ano, um terremoto de magnitude semelhante – 8,8 graus – também provocou ondas gigantes que varreram vilas inteiras do mapa e deixaram 524 mortos e 130 mil famílias desabrigadas.
No Arquipélago chileno de Juan Fernández, a Marinha chilena ordenou o fechamento do porto e, na Ilha de Páscoa (Rapa Nui), moradores foram retirados da orla marítima debaixo de chuva.
O ministro da Defesa do Chile, Andrés Allamand, disse que a primeira onda, reflexo do terremoto japonês, atingiria Rapa Nui às 18 horas de hoje. A costa continental chilena, de Arica a Puerto Williams, deve ser atingida perto da meia noite. Até o fim da manhã de hoje, não havia sido dado nenhum alerta de evacuação no continente.
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Pouco depois das 7 horas, o presidente chileno, Sebastián Piñera, fez um pronunciamento nacional pedindo que a população mantenha a calma, mas permaneça atenta a qualquer aviso de evacuação.
“Peço que as crianças não deixem de ir à escola, que as pessoas não deixem de ir aos seus trabalhos, que mantenham a calma, fiquem atentos ao alerta”, disse Piñera. Mas, numa mostra de que os protocolos de urgência adotados no Chile desde o terremoto do ano passado ainda não funcionam perfeitamente, a governadora da Região (Estado) de Biobío, Jacqueline van Rysselberghe, pediu que os pais não enviassem seus filhos aos colégios.
A agência nacional de desastres do Chile, Onemi, despachou equipes para diversas zonas costeiras, para adotar as medidas preventivas previstas em casos de alerta como este. Nas ruas, cafés e no aeroporto de Santiago, os chilenos mantém rádios ligados e, apreensivos, consultam a internet para acompanhar as notícias sobre os possíveis reflexos do tsunami no país.
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