Um acordo de intercâmbio de informação fiscal que está em negociação entre os governos da Argentina e do Uruguai — por recomendação da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) – deve descontar dos cidadãos de cada país os impostos pagos na nação vizinha.
Porta-vozes informaram que o acordo não será retroativo, mas que deve concretizar o que o ministro de Economia do Uruguai, Fernando Lorenzo, havia se comprometido a conseguir para dar segurança aos investimentos que entraram no país.
O embaixador da Argentina em Montevidéu, Dante Dovena, negou no mês passado que o seu país pensasse em impor a dupla tributação com a nação vizinha. “Isto se trata da existência de um controle, sobretudo no tema da lavagem de dinheiro”, concluiu.
A negociação a respeito da troca de informações fiscais foi um pedido da OCDE para o governo uruguaio. Segundo o chefe da secretaria do Fórum Global sobre Transparência e Intercâmbio de Informação para Efeitos Fiscais da OCDE, Pascal Saint-Amans, a Argentina teria pressionado o organismo para que o Uruguai facilitasse o acesso a suas informações tributárias.
Questionado se a pressão argentina estava vinculada com a recente declaração do presidente francês, Nicolas Sarkozy, de que o Uruguai seria um paraíso fiscal, ele respondeu que “claramente sim”.
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