O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, garantiu nesta terça-feira (02/04) que a pobreza extrema global pode ser eliminada até 2030 e advertiu que a mudança climática é uma “ameaça econômica” para se chegar a este objetivo.
“A mudança climática não é só um desafio ambiental. É uma ameaça fundamental para o desenvolvimento e para a luta contra a pobreza”, afirmou Kim durante uma conferência na Universidade de Georgetown.
Além disso, o dirigente lembrou que os especialistas alertaram que, caso não ocorram mudanças em relação às emissões de gases poluentes, no final de século a temperatura média global vai subir em quatro graus Celsius, o que significará um maior risco de secas e a elevação do nível dos mares em 1,5 metros.
“Os eventos meteorológicos extremos ocorrerão com uma frequência devastadora e os mais pobres são os que mais vão sofrer”, advertiu.
O presidente do Banco Mundial ressssaltou que a organização internacional está explorando uma série de “ideias” para fazer frente aos efeitos econômicos do aquecimento global.
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Entre elas mencionou “o apoio e a conexão de mercados de carbono, políticas factíveis para eliminar os subsídios aos combustíveis fósseis, maiores investimentos em agricultura eficiente do ponto de vista climático, e associações inovadoras para construir cidades mais limpas”.
Kim aproveitou a ocasião para ressaltar as “conquistas espetaculares” conseguidas nas últimas duas décadas. Segundo o dirigente, a pobreza extrema no mundo está “em retrocesso”, e estabeleceu como objetivo acabar com ela “na próxima geração”, em 2030.
Em 1990, 43% da população mundial vivia com menos de 1,25 dólar por dia e, em 2010, esse número caiu para 21%, segundo dados do organismo internacional.
No entanto, Kim lembrou que “ainda existem cerca de 1,3 bilhões de pessoas vivendo na pobreza extrema, 870 milhões passam fome e 6,9 milhões de crianças com menos de cinco anos morrem diariamente”.
O crescimento dos países em desenvolvimento e a urgência de se enfrentar as consequências econômicas do aquecimento global serão dois dos temas principais das reuniões que o FMI (Fundo Monetário InternacionalI) e o Banco realizarão entre os dias 18 e 20 de abril em Washington.