Um grupo de seis dissidentes políticos cubanos chegou hoje (13/7) a Madri, Espanha, como parte de um acordo mantido na semana passada entre o governo de Havana, a Igreja Católica e diplomatas espanhóis. Estes foram os primeiros dos 52 prisioneiros que devem ser libertados.
Por telefone, Omar Ruiz, um dos dissidentes, confirmou à Agência Efe que ele, a mulher e o filho, além dos outros seis presos com seus parentes, estavam no aeroporto José Martí, na capital cubana. Todos embarcaram num voo da Air Europa.
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Segundo fontes do Ministério de Assuntos Exteriores espanhol, neste primeiro voo viajaram Léster González, Omar Ruiz, Antonio Villarreal, Julio César Gálvez, José Luis García Paneque e Pablo Pacheco, junto a seus familiares.
Em outro avião, que chegará ao aeroporto de Barajas às 14h no horário local (9h de Brasília) é esperada a chegada de Ricardo González Alfonso, segundo as mesmas fontes, que detalharam que os mesmos serão recebidos por Agustín Santos, diretor de gabinete do ministro de Assuntos Exteriores, Miguel Ángel Moratinos.
Indulto
O governo de Cuba iniciou no sábado (10/7) o processo de libertação de um grupo inicial de dissidentes políticos, acusados de colaborarem com a CIA (agência de inteligência norte-americana).
Os prisioneiros pertencem ao chamado “Grupo dos 75”, detidos em 18 e 19 de março em 2003 e julgados em 4, 5 e 7 de abril daquele ano, em virtude da Lei número 88 de Proteção da Independência Nacional e da Economia de Cuba. Os tribunais cubanos decretaram penas que variaram de seis a 28 anos de prisão.
Este é o mais amplo indulto concedido por Havana desde que o presidente Raúl Castro substituiu o ex-presidente e líder da Revolução Cubana Fidel Castro há quatro anos. Fidel havia indultado uma centena de presos logo após a visita a Cuba do papa João Paulo II em 1998.
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