A China rechaçou nesta terça-feira (07/05) um relatório do Pentágono que acusa as Forças Armadas da potência asiática de atacar os sistemas informáticos do norte-americano e disse que esse tipo de reportagem é “publicada ano após ano”.
Assim afirmou em entrevista coletiva a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Hua Chunying, ao ser questionada sobre um relatório que assegura que o Exército chinês pretende “localizar as capacidades militares que poderiam ser exploradas durante uma eventual crise bilateral”.
“Em 2012, vários sistemas informáticos de todo mundo, incluindo os do governo dos Estados Unidos, foram objeto de contínuas invasões, algumas das quais parecem ser diretamente atribuídas ao governo e às Forças Armadas da China”, disse o Pentágono ao Congresso sobre seu relatório anual.
Após afirmar que a China “teve acesso aos relatórios”, os Estados Unidos destacaram que o país asiático está “comprometido a desenvolver um sistema cibernético pacífico”, que definiu como um dos “pilares” da segurança global.
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Por sua vez, a agência oficial “Xinhua” qualificou hoje o texto de “irresponsável e prejudicial para a confiança entre ambos os países”, em palavras de Wang Xinjun, investigador da Academia de Ciências Militares do ELP (Exército de Libertação Popular) chinês.
“Embora seja de bom senso saber que não se pode determinar a origem de um cibertaque somente através de uma direção de IP, algumas pessoas do Pentágono preferem acreditar que procedem da China pelo velho sentido de rivalidade”, aponta.
Apesar de não ser a primeira vez que os EUA denunciam ter sofrido ataques provenientes do ELP – em fevereiro um relatório da companhia norte-americana Mandiant apontava diretamente um edifício das forças armadas chinesas em Xangai -, é incomum que a acusação saia diretamente do Pentágono.
Pequim também qualificou as acusações de “infundadas” e, em troca, respondeu assegurando ser vítima da multidão de ataques provenientes de “solo norte-americano”, sem fazer referêcia direta ao governo do país norte-americano.