A investigação interna israelense do ataque à frota humanitária, no qual morreram nove turcos, começou nesta terça-feira (28/06) em Jerusalém com o anúncio de que o chefe de Governo, Benjamin Netanyahu, será um dos primeiros a depor.
Em declaração à imprensa, o líder da comissão e juiz aposentado do tribunal supremo israelense, Jacob Turkel, disse que o ministro da Defesa, Ehud Barak, e o chefe do Estado-Maior, Gaby Ashkenazi, também serão convocados em breve.
Leia mais:
Navio com ajuda para Gaza é levado a porto israelense
Protesto impede barco israelense de descarregar na Califórnia
Irã enviará embarcação com ajuda humanitária a Gaza
Anistia Internacional pede suspensão definitiva do bloqueio a Gaza
Turkel apresentou os outros dois membros do comitê: Amos Horev, comandante geral aposentado, de 86 anos, que participou de outras investigações internas de ações militares israelenses, e Shabtai Rozen, analista em Direito Internacional de 93 anos.
O órgão tem como objetivo “esclarecer” os fatos (não atribuir responsabilidades aos políticos e militares que tomaram as decisões) e conta com dois observadores internacionais sem direito a voto: o norte-irlandês William David Trimble, prêmio Nobel da Paz, e o canadense Ken Watkin, ex-promotor general do Exército do Canadá.
Trimble manifestou nesta terça-feira (28/06) que os membros do comitê estão “decididos a fazer uma investigação rigorosa”, o que representaria uma “contribuição positiva para a paz”.
A comissão não vai interrogar os soldados que participaram da abordagem, efetuado em águas internacionais, e se limitará a receber o resumo das respostas dadas ao grupo de analistas do próprio Exército israelense.
O objetivo da comissão será determinar se as ações do Estado de Israel para impedir a chegada da frota humanitária a Gaza ocorreram conforme o direito internacional e pronunciar-se sobre a legalidade do bloqueio marítimo que mantém sobre a faixa palestina.
Siga o Opera Mundi no Twitter.
NULL
NULL
NULL