O presidente do Equador, Rafael Correa, solicitou à presidência do Mercosul — atualmente uruguaia — para que analise a possibilidade de adesão como membro pleno do bloco, segundo informou nesta quarta-feira (19/06) o ministro do Comércio Exterior, Francisco Rivadeneira. A solicitação formal dá início ao processo de negociação. O Equador já é membro associado desde 2004.
O bloco sul-americano é composto por Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai, temporariamente suspenso desde golpe de Estado contra o então presidente Fernando Lugo no ano passado. A Bolívia é outro país que negocia a adesão como membro pleno.
“O presidente Rafael Correa nos instruiu, ele quer que avancemos no processo de negociação com o Mercosul”, disse o ministro. O detalhamento técnico, que até então era um dos obstáculos aos diálogos, será apresentado pelo Equador nos próximos dias.
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Rivadeneira afirmou que o Equador apresentará requerimentos como a flexibilização de normas de origem de produtos sensíveis e salvaguarda de câmbio, assim como a melhora no processo de aplicação das barreiras tarifárias. Ele acrescentou que o processo de integração deve garantir a proteção dos empregos e das pequenas empresas, assim como dos mais pobres da sociedade.
A partir da adesão da Venezuela ao grupo, o Mercosul passou a corresponder a 72% do território da América do Sul, o que equivale a aproximadamente três vezes a área da União Europeia. O bloco tem um PIB (Produto Interno Bruto) de US$ 3,32 trilhões e uma população de 275 milhões de pessoas.
Além do Equador e da Bolívia, Suriname e Guiana também têm processos em curso para a integração como membros plenos do Mercosul. Chile, Peru e Colômbia são membros associados.