Agência Efe
“Terrorismo não tem religião”: milhares de pessoas protestaram no Egito contra a decapitação de cristão pelo Estado Islâmico
O EI (Estado Islâmico) planeja avançar com a luta armada para a Europa por meio do território da Líbia. Os jihadistas tentam dominar o país do norte da África “e depois instalar tropas e se preparar para invadir o velho continente”, aponta relatório divulgado pelo portal The Telegraph nesta quarta-feira (18/02).
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O plano prevê que os combatentes do EI se aproveitem da instabilidade política da Líbia para avançar até a região litorânea. Depois, o objetivo do grupo é chegar ao continente europeu na condição de “imigrante ilegal” por Lampedusa – território italiano, a 205 quilômetros da ilha da Sicília e a 113 da costa da Tunísia. “Após cruzar o Mediterrâneo, eles desejam realizar um massacre no sul da Europa”, diz o relatório.
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O documento que o The Telegraph teve acesso foi escrito por um membro do EI que trabalha no recrutamento online de novos combatentes. De acordo com a imprensa britânica, o grupo reúne grande número de seguidores nas redes sociais, preocupando dirigentes europeus pela possível chegada de combatentes ao continente.
“O Twitter já fechou a conta desse membro muitas vezes. No entanto, ele reabre com o nome de outro usuário e, em poucos minutos, já tem milhares de seguidores na Europa novamente”, disse Charlie Winter, pesquisador da Quillam Foundation, que estuda o crescimento do EI.
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Escalada da violência
Após decapitar cerca de 40 cristão coptas do Egito e publicar o vídeo na internet no começo desta semana, o EI executou e queimou mais de 40 pessoas em Al-Baghdadi, no oeste do Iraque e perto de uma base militar onde estão 300 fuzileiros navais norte-americanos que apoiam as tropas iraquianas.
De acordo com informações da Agência Efe, os jihadistas assassinaram os sequestrados, a maioria membros da polícia e dos Conselhos de Salvação (milícias sunitas pró-governo).
Também hoje (18) pelo menos quatro agentes da Guarda Nacional de Tunísia morreram em um ataque de supostos membros do EI na região de Kasserine, na fronteira com a Argélia, informou o Ministério do Interior tunisiano.