O FMI (Fundo Monetário Internacional) aprovou neste domingo (9/5) um empréstimo de 30 bilhões de euros para a Grécia, como parte de um pacote maior, de 110 bilhões de euros. A ajuda, a maior já registrada, servirá para ajudar o país a sair da grave crise econômica e será diluída ao longo de três anos.
Fica imediatamente disponível ao governo grego a quantia de 5,5 bilhões de euros. Em 2010 o financiamento total contará 10 bilhões de euros, que serão complementados com outros 30 bilhões de euros vindos da União Europeia, explicou o FMI em comunicado. O pacote total de ajuda é de 110 bilhões de euros, ou 145 bilhões de dólares.
“O governo grego deve ser cumprimentando por se comprometer a esse histórico plano, que dará à nação uma chance de superar seus problemas atuais e assegurará um futuro melhor ao povo grego”, afirmou o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn.
Strauss-Kahn lembrou que o plano pode ajudar a acalmar os investidores internacionais, que temem que a crise grega se estenda a outros países europeus. “A ação contundente do FMI hoje contribuirá para que o esforço internacional traga estabilidade à zona do euro e garanta a recuperação da economia global.”
Mercados
A preocupação em torno do impacto da crise grega nos mercados fez com que os ministros de Economia e das Finanças da EU iniciassem hoje uma reunião de urgência para analisar a criação de um fundo de ajuda para os membros do bloco com dificuldades de fazer frente a suas dívidas públicas, combinado com mais cortes orçamentários.
Em sua chegada à reunião, a vice-presidente segunda do Governo espanhol, Elena Salgado, deixou claro que o encontro tem a finalidade de “defender o euro”. “Temos que dar mais estabilidade a nossa moeda e faremos o que for necessário”, disse a ministra, que preside a sessão de urgência.
Bruxelas propõe a criação de um “mecanismo europeu de estabilização”, com a facilidade financeira de apoio ao balanço de pagamentos com a qual o orçamento da UE já conta, mas que só pode ser utilizado, até o momento, para o resgate de membros que não utilizam a moeda comum.
Em Madri, fontes do governo espanhol anunciaram hoje, pouco antes do início da reunião em Bruxelas, que a Espanha endurecerá seu plano de redução do déficit para este ano e o seguinte, que resultará em um corte adicional de 5 bilhões de euros em 2010 e de 10 bilhões de euros para 2011.
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