Pelo menos 11 pessoas ficaram feridas e 34 foram detidas em violentos incidentes registrados nesta quinta-feira (23/12) em Buenos Aires, após a interrupção do serviço de uma das principais linhas ferroviárias da cidade. O governo já anunciou que denunciará os responsáveis pelo bloqueio das vias do trem, que afetou milhares de pessoas a dois dias do Natal.
Os distúrbios ocorreram após sete horas de interrupção do serviço pelo protesto de um grupo de trabalhadores demitidos, quando a concessionária da estação decidiu fechar suas portas e a polícia impediu os passageiros de entrar no recinto, o de maior afluência de passageiros de toda a Argentina.
Grupos violentos, em sua maioria compostos por jovens, atacaram a pedradas a estação, incendiaram uma porta de acesso e saquearam vários estabelecimentos comerciais da região. A revolta culminou com a intervenção de carros hidrantes da polícia, que teve de recorrer a gás lacrimogêneo para dispersar a violência.
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Repercussão
Após os incidentes, os responsáveis pelo protesto sindical suspenderam o bloqueio que mantinham nas vias da localidade de Avellaneda, na província de Buenos Aires.
O secretário de Transportes da Argentina, Juan Pablo Schiavi, anunciou que recorrerá à Justiça para denunciar aqueles que bloquearam as vias, “complicando a vida das pessoas”. O funcionário antecipou que o serviço não será restabelecido enquanto não se verificar o estado das vias para garantir a segurança dos passageiros.
A presidente argentina, Cristina Kirchner, que tinha previsto viajar nesta quinta-feira a Río Gallegos para passar o Natal com seus filhos, decidiu adiar a viagem pelo menos até esta sexta-feira após os incidentes.
O prefeito da cidade de Buenos Aires, Mauricio Macri, repudiou os fatos e lamentou que o governo tenha permitido que um protesto sindical interrompesse o transporte público.
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