Um total de 44 pessoas morreu nesta terça-feira (20/06) após a queda de um bimotor de passageiros Tu-134 no noroeste da Rússia. As causas do acidente ainda são desconhecidas. Oito pessoas ficaram gravemente feridas, entre elas dois irmão, de 9 e 14 anos, e uma
aeromoça, a única entre os nove membros da tripulação que saiu com vida
do acidente.
A aeronave, pertencente à companhia russa Rusair, caiu minutos após a meia-noite do horário local em uma estrada situada a apenas dois quilômetros de seu destino final, o aeroporto de Petrozavodsk, capital da república russa de Karelia, na fronteira com a Finlândia.
O Tu-134 havia decolado uma hora e meia antes do aeroporto moscovita de Domodedovo. Os destroços do avião ficaram espalhados pela estrada em um raio de dezenas de metros, informou do local do acidente a agência russa Interfax. Segundo as autoridades de Karelia, para a identificação de 33 das 44 vítimas do desastre será necessário efetuar análise de DNA.
“A investigação já começou. É cedo para dar versões (sobre as causa do acidente)”, declarou o porta-voz do Comitê Estatal de Aviação da Rússia, Oleg Yermolov.
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Um representante da Rusair, companhia especializada em voos charter de luxo dentro e fora da Rússia, disse à Interfax que tinha a informação de que a sinalização da pista de aterrissagem poderia ter se apagado por alguns instantes durante o pouso do Tu-134. “O avião estava em perfeito estado e com seus tanques repletos de combustível. A grande incógnita é por que o Tu-134 desviou em direção à estrada, e não rumo à pista”, acrescentou.
O traçado da estrada onde o bimotor caiu é perpendicular à pista de aterrissagem do aeroporto de Petrozavodsk. O diretor do terminal aéreo, Alexei Kuzmitski, confirmou que a pista ficou às escuras durante alguns instantes, com uma visibilidade de apenas 300 metros, mas atribuiu o fato a um erro dos pilotos do avião. “Por um erro de pilotagem, o Tu-134 bateu nos fios da rede elétrica e deixou a pista sem eletricidade”, disse Kuzmitski.
O diretor do aeroporto acrescentou que os geradores de emergência restabeleceram a provisão de eletricidade três segundos depois, “mas já não serviu de ajuda aos pilotos”.
O porta-voz do Comitê de Instrução da Rússia, Vladimir Markin, declarou que há três linhas centrais de investigação: erro humano do piloto ou dos serviços terrestres, problemas técnicos da aeronave e condições meteorológicas desfavoráveis no momento da aterrissagem.
O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, determinou ao ministro de Transportes, Igor Levitin, que vá a Karelia para coordenar as investigações. As autoridades russas organizaram dois gabinetes de crise, um em Domodedovo e outro no aeroporto de Petrozavodsk, para atender os familiares das vítimas do acidente.
A bordo do Tu-134 havia quatro estrangeiros – um sueco, um holandês e dois ucranianos – e outras quatro pessoas com dupla cidadania russo-americana, os quais morreram no acidente, segundo o boletim do Ministério da Rússia para Situações de Emergência.
O chefe do centro de catástrofes do Ministério da Saúde, Sergei Goncharov, indicou que seis dos feridos estão em condições de serem transferidos a Moscou para prosseguir o tratamento em clínicas especializadas da capital russa.
O acidente aéreo de Petrozavodsk é o mais grave ocorrido no país desde 10 de abril de 2010, quando caiu o avião no qual viajava o presidente polonês Lech Kaczynski e outras 95 pessoas, perto da cidade de Smolensk. Ninguém sobreviveu.
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