Sábado, 8 de novembro de 2025
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O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, afirmou nesta segunda-feira (18/07) que mais de 7.500 pessoas foram detidas após a tentativa de golpe de Estado na sexta-feira (15/07) no país, entre elas 6.000 militares, 100 policiais, 755 juízes e promotores e 650 civis.

Agência Efe

Polícia turca escolta soldados acusados de participar de tentativa de golpe de Estado no país

Conforme o último balanço das autoridades turcas, 208 pessoas que resistiam ao golpe morreram (entre elas três soldados, 60 policiais e 145 civis) e 1.491 ficaram feridas. Já 24 soldados pró-golpe faleceram e 50 ficaram feridos.

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Em discurso na TV, Yildirim voltou a responsabilizar o clérigo e escritor Fethullah Gülen, que vive nos Estados Unidos, pela tentativa de golpe.

Segundo o premiê turco, existem funcionários nos ministérios que se uniram à conspiração golpista.

“Começamos a limpar o sistema”, disse Yildirim, que informou que mais de 10 mil funcionários de diferentes ministérios foram suspensos.

Só do Ministério do Interior, 8.777 empregados foram expulsos, principalmente policiais e guardas, enquanto das demais pastas 1.500 foram suspensos.

“Estes números vão subir”, afirmou o primeiro-ministro a jornalistas.

Sobre o debate a respeito da pena de morte, Yildirim disse que, apesar de o governo ter de considerar as reivindicações populares, é preciso decidir o assunto com cautela.

 

Segundo primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, entre presos há 6.000 militares, 100 policiais, 755 juízes e promotores e 650 civis

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“O Parlamento deve debater este assunto. Não podemos dizer nem sim nem não antecipadamente”, declarou.

No domingo (17/07), o presidente Tayyip Erdogan disse que os pedidos da população para implementar a pena de morte (abolida em 2004) na Turquia “não poderiam ser ignorados” e que o uso do instrumento deve ocorrer “sem atraso”.

Sobre a exigida extradição de Fethullah Gülen dos Estados Unidos à Turquia, Yildirim afirmou que o Ministério da Justiça enviará toda a documentação necessária a Washington.

Ele destacou a amizade estratégica e a relação entre os países, mas criticou a insistência dos Estados Unidos em receber mais provas sobre Gülen.

“Se está claro o líder que orquestrou tudo isto, e seus amigos ainda te pedem evidências, então poderia questionar nossa amizade”, declarou o premiê.

(*) Com Agência Efe