O Conselho de Paz e de Segurança da UA (União Africana) decidiu nesta sexta-feira (0/075) suspender a participação do Egito no bloco, após a deposição do presidente egípcio Mouhamed Morsi pelo exército. Os membros do órgão se reuniram em Addis Adeba, na Etiópia, para debater crise no país.
Agência Efe
Confronto entre manifestantes no Egito
Em nota à imprensa, o secretário da UA informou que a decisão de suspender a participação do Egito segue até o restabelecimento da “ordem constitucional”, reiterando ainda que “a UA rejeita qualquer tomada ilegal de poder”. “A deposição de um presidente democraticamente eleito não segue as disposições pertinentes da Constituição do Egito, correspondendo então a uma mudança inconstitucional de poder”.
Além disso, a UA também anunciou que enviará uma delegação ao Egito para “trabalhar na restauração da ordem constitucional”. A presidente da Comissão da organização continental, Nkosazana Dlamini-Zuma, mostrou seu apoio e solidariedade ao povo egípcio e acrescentou que, “o quanto mais rápido o Egito retornar à UA, melhor será para todos”.
Segundo Nkosazana, a restauração da ordem constitucional será consolidada com a convocação de uma eleição em que todos poderão participar livremente, assim como a definição de um líder eleito pelo povo.
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No mesmo encontro, o Ministério das Relações Exteriores da Nigéria emitiu um comunicado em que considerou “os desafortunados eventos (no Egito)” como “uma grave violação do Ato Constituinte” da UA.
Na última quarta-feira (3), o exército depôs e o primeiro presidente democraticamente eleito do país, Mouhamed Mursi. Os militares suspenderam a Constituição e dissolveram o parlamento. Interinamente, assume o presidente do Tribunal Constitucional, Adli Mansur.
(*) Com informações das agências internacionais