Quarta-feira, 12 de novembro de 2025
APOIE
Menu

Após o encontro com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, Lula recebe na segunda-feira (23), em Brasília, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, para um encontro que provocou protestos de grupos de direitos humanos, de setores da comunidade judaica brasileira e foi, inclusive, criticado indiretamente por Shimon Peres, que esteve no Brasil na semana passada.

Diante do colega israelense, Lula defendeu a intenção de conversar com Ahmadinejad e afirmou que a paz só pode ser atingida por meio do “diálogo com todos”. Segundo o presidente, sempre que se conversa, é possível “extrair uma palavra” para construir a paz, o que seria impossível com o isolamento de qualquer dos interlocutores.

“Não tenho certeza que o Brasil seja o melhor negociador”, diz o cientista político Ely Karmon, da Universidade de Haifa, em Israel. “No final, a decisão de receber Ahmadinejad é muito negativa. Não sei se a liderança brasileira está ciente que a legitimidade dada a Ahmadinejad está enfraquecendo o campo moderado, como Egito e Jordânia, que estão hoje numa posição muito ruim. O Irã com armas nucleares vai influenciar a estabilidade da região”.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

“Esses países já falam na opção nuclear. É isso que o Brasil quer para o oriente médio?”, questiona Karmon.

Há cinco anos, o Brasil se aproxima dos países árabes e muçulmanos, além de ter assumido uma posição mais ativa em relação ao conflito no Oriente Médio, que o levou inclusive a participar como observador do processo iniciado em 2007 com a cúpula em Annapolis (EUA).

Visita de Ahmadinejad encerra ciclo de visitas de presidentes do Oriente Médio ao Brasil

NULL

NULL

NULL