A morte de um detento e a alegação de falta de tratamento médico por outro gerou dois novos processos contra o xerife do condado norte-americano de Maricopa, Joe Arpaio, que se apresenta como “o xerife mais durão da América”. Conforme noticiou o jornal Courthouse News, Arpaio já enfrenta outras acusações por violação de direitos civis.
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A família do morto, David McClurg – portador de diabetes tipo 2 –, diz que o escritório do xerife não tratou o detento com a dieta e espaço adequados. McClurg desenvolveu gangrena nos pés e nas nádegas com seis semanas de prisão, e faleceu.
Segundo o processo, McClurg não sabia que era diabético, mas seus filhos dizem que os exames feitos antes de o pai entrar na cadeia revelaram a doença. Para eles, “o condado foi deliberadamente indiferente às suas necessidades médicas”.
A família alega que, enquanto esteve preso, McClurg não tinha lugar para sentar ou dormir e que durante as seis semanas em que esteve encarcerado, pediu várias vezes para ir ao médico na prisão, reclamando de perda de sensibilidade nos pés e nas pernas. Os pedidos foram negados.
Quando finalmente foi atendido, o prisioneiro teve de remover uma das nádegas, quarto dedos do pé esquerdo e três no pé direito. Sua perna esquerda teve de ser posteriormente amputada abaixo do joelho devido à gangrena. McClurg não resistiu e morreu.
O segundo processo acusa Arpaio de não dar ao prisioneiro Kevin Smith sua medicação para epilepsia, o que fez com que o detento sofresse duas convulsões.
Na primeira vez, em julho de 2008, Smith alega ter quebrado vários dentes e machucado sua cabeça por falta de medicação. Kevin foi até a delegacia se entregar em ambas as vezes em que esteve preso – uma delas por não conseguir pagar uma multa.
Arpaio serve como xerife do condado mais populoso do Arizona desde 1996. Diversas organizações de direitos humanos e de imigrantes o criticam – e o processam – por alvejar e deter ilegalmente latinos.
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