Um hotel na cidade de Farindola, na província italiana de Pescara, foi atingido por uma avalanche na noite desta quarta-feira (18/01) e deixou dezenas de pessoas soterradas. De acordo com fontes locais, 22 hóspedes tinham feito check-in na quarta-feira no Hotel Rigopiano, além dos funcionários, o que totalizaria 30 desaparecidos.
Em entrevista à agência de notícias italiana Ansa, o líder das operações de busca e resgate, Antonio Crocetta, disse que “há muitos mortos”.
“Eu me salvei porque saí do hotel para pegar uma coisa no carro”, disse o médico Giampaolo Parete, de 38 anos, que ontem deu o alarme da avalanche. Sua esposa e seus filhos ainda estão sob os escombros. “A avalanche chegou e eu fiquei submerso na neve, mas consegui sair. O carro não ficou atolado e eu esperei as equipes de socorro chegar ali”, contou.
Especialistas acreditam que a avalanche tenha sido provocada pelos quatro terremotos que atingiram a zona central da Itália na manhã de quarta-feira, todos com magnitude de 5.0 a 5.4 graus na escala Richter. O hotel fica na região de Abruzzo, uma das mais afetadas pela neve e pelos terremotos. Cerca de 300 mil pessoas estavam sem energia elétrica no começo da semana na região porque o gelo prejudicou os sistemas de transmissão.
Agência Efe
Dezenas de pessoas ficaram soterradas após o desabamento de um hotel na cidade de Farindola, na Itália
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Um casal que está entre os hóspedes do hotel enviou uma mensagem de texto aos serviços de emergência da Itália pedindo ajuda.
“Ajuda, ajuda, estamos morrendo de frio”, diz o texto. As equipes de resgate estão usando skis de patinação para chegar aos escombros do hotel. A neve no local chega a uma altura de 4 metros e impediu até o acesso dos carros de resgate e ambulâncias, que tiveram que estacionar a uma distância de 9 km.
“Chamamos pelas pessoas, mas ninguém responde”, confessou um dos socorristas. Até o momento, as equipes resgataram apenas um corpo de dentro dos escombros, de um homem. O primeiro alerta de avalanche foi dado às 19h56 de quarta-feira (16h56 de Brasília). Às 23h locais (20h de Brasília), as equipes de resgate informaram que estavam partindo em direção ao hotel, mas que levariam cerca de duas horas para chegarem ao posto.
Em sua página no Twitter, o hotel havia informado os hóspedes que estava sem linha telefônica por causa das más condições climáticas. Apesar de não terem sido registrados mortos devido aos terremotos, os tremores foram sentidos até na capital da Itália, Roma, que fechou as escolas e os serviços de metrô.
Desde agosto do ano passado, a zona central da Itália sofreu dezenas de terremotos e réplicas, gerando uma média de 1 tremor a cada 5 minutos, devido aos movimentos tectônicos na região.