Os três primeiros prefeitos catalães chamados para depor nesta terça-feira (19/09) pelo Ministério Público da Espanha por colaborarem na organização do referendo de independência da Catalunha, marcado para o dia 1º de outubro e suspenso pelo Tribunal Constitucional, fizeram valer o direito de ficarem calados.
Governantes da província de Lérida, esses são os primeiros dos 712 que foram convocados a depor por terem ignorado a ordem do Tribunal Constitucional de não colaborar na organização da consulta separatista.
Os três se negaram a prestar depoimento por considerarem que Ministério Público espanhol passa dos limites ao convocá-los desta forma e mover ações criminais contra eles.
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O procurador-geral do Estado, José Manuel Maza, deu instruções em 15 de setembro aos procuradores do Supremo Tribunal da Espanha e do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC) para que chamassem para depor em qualidade de investigados os prefeitos que apoiam o referendo de independência.
Agência Efe
Prefeitos chegam para prestar depoimentos sobre referendo separatista
Ao todo, o Ministério Público pretende ouvir 712 prefeitos por assinarem decretos para ceder locais para o governo regional da Catalunha organizar o referendo de 1º de outubro, embora a convocação tenha sido suspensa no dia 7 de setembro pelo Tribunal Constitucional.
A maioria deles aceitou se apresentar ao Ministério Público. Por outro lado, cerca de 30 prefeitos já anunciaram que não atenderão ao chamado.