Responsável por um duplo ataque que matou 77 pessoas na Noruega, Anders Behring Breivik foi acusado formalmente, pela promotoria do país, por terrorismo e homicídios. O extremista de direita confessou a autoria dos atentados, que aconteceram na cidade de Oslo e na ilha de Utoya em julho do ano passado.
Ainda não se sabe a pena que será solicitada pelos promotores durante o processo. Há muitas possibilidades de Breivik ser internado em um hospital psiquiátrico, pois o primeiro exame mental ao qual foi submetido apontou o autor dos crimes como um psicopata. O que se aguarda agora é o resultado de um novo laudo psiquiátrico, que está sendo feito por outro grupo de especialistas. Se a conclusão for a mesma da primeira análise, os promotores devem pedir a internação forçada do terrorista em um instituto psiquiátrico.
Caso Breivik seja considerado mentalmente capaz, ele pode ser condenado a 21 anos – tempo máximo para crimes de terrorismo – de prisão ou de custódia. A custódia é uma prisão cuja pena pode ser prorrogada a cada cinco anos, depois do cumprimento do tempo inicial, no caso de o criminoso continuar sendo considerado um perigo para a sociedade.
Os ataques foram considerados pela promotoria como dois atos terroristas separados. Um é o atentado com carro bomba contra complexo governamental de Oslo, que matou oito pessoas. O outro é a massacre, a tiros, de 69 jovens reunidos na ilha de Utoya para o acampamento das Juventudes Trabalhistas. O nome de todos os mortos foi colocado no documento de acusação. Breivik responde também por tentativa de assassinato, já que 33 pessoas ficaram feridas com as balas. Nove pessoas também ficaram gravemente feridas no ataque de Oslo.
“A promotoria nunca antes tinha usado a lei antiterrorista como é aplicada neste caso. Não temos nenhuma praxis judicial à qual recorrer”, declarou a promotora Inga Beijer Engh, segundo a Agência Efe.
Contrário à multiculturaldiade na Europa, Breivik, apesar de assumir a autoria dos ataques de 22 de julho, afirma que o massacre foi “um ataque preventivo contra os traidores da pátria”. Seu advogado, Geir Lippestad, disse a um canal de televisão norueguês que o cliente está “desapontado” com a possibilidade de ir para um hospital psiquiátrico, pois se considera plenamente capaz.
*Com agências
NULL
NULL
NULL