A 42ª edição do Dia da Terra, que está sendo celebrada neste domingo (22/04) em diversos países ao redor do globo, tem como um de seus temas principais de discussão a procura por meios de produção limpos e renováveis. As “soluções verdes” passam desde a renovação de matrizes energéticas de países desenvolvidos até pequenos hábitos cotidianos. A terceira edição da Revista Samuel, que já está nas bancas do país, mostra algumas dessas soluções que saíram do papel e tem, efetivamente, provocado mudanças substanciais em suas áreas de atuação.
A revista bimestral, que reúne uma seleção das melhores reportagens especiais, artigos e imagens da imprensa independente nacional e internacional, traz em seu dossiê especial de abril o tema do meio ambiente, em consonância não apenas com o mês em que o Dia da Terra é tradicionalmente comemorado, mas também como preparativo para o Rio+20, a Confederação das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que será realizada entre os dias 20 a 22 de junho n Rio de Janeiro e receberá autoridades e ativistas de inúmeros países.
Um dos destaques desse número é um relato bem-humorado do jornalista e ambientalista norte-americano Bill McKibben para o site The Solutions Journal em que ele antevê um futuro apocalíptico onde os desastres naturais que são previstos hoje de fato ocorreram pela demora na tomada de decisões. A revista mostra também os resultados de esforços ambientais que vão desde o governo da China até Barnim, uma pequena cidade na Alemanha. E os sucessos da indústria de energia eólica, que experimenta um avanço de 21% no mundo, apesar da crise.
Por sua vez, a revista norte-americana Orion, na reportagem “Vida Simples para quê”, contesta a tese de que as pequenas mudanças individuais no cotidiano fazem alguma diferença para o equilíbrio do meio ambiente. Cabe aos governos, e não aos indivíduos, tomar as decisões de relevo. Já a Mongabay, também norte-americana, mostra como, através de ações de ONGs foi conseguida a redução do desmatamento da Amazônia para a plantação de soja.
O Zimbábue também ganha destaque. A escolha consciente dos campos para pastagem diminuiu o processo de desertificação. Os novos experimentos no país africano estão sendo chamados de Revolução Marrom.
Contrariando a muitos, o blog francês Superno prega a política do “decrescimento” e o combate ao poder aquisitivo. Mas, ao contrário de pregarem a queda do PIB, tratam-se de iniciativas abandonar objetos ou atitudes socialmente e ecologicamente nocivas que, no entanto, todo mundo adota por influência da publicidade, da moda ou simplesmente por hábito.
Muitas dessas iniciativas, no entanto, tem encontrado resistência dos modos de produção tradicionais. A revista Smithsonian mostra co nenhuma empresa de engenharia quer se arriscar ao investir na produção de cimento verde, preferindo permanecer com o tradicional, conhecido como Portland, cuja produção é em grande escala e nociva ao meio ambiente.
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