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Segundo colocado no primeiro turno da eleição presidencial francesa realizada neste domingo (22/04), o candidato à reeleição Nicolas Sarkozy pretende usar as armas da extrema-direita para reverter o quadro de favoritismo em torno de seu rival, François Hollande. Ele usará temas como repressão à imigração e segurança pública para tentar atrair o voto dos eleitores de Marine Le Pen, da Frente Nacional, terceira colocada na disputa com 18,01% dos votos.
Mesmo tendo se tornado o primeiro presidente francês candidato à reeleição derrotado em primeiro turno na história da Quinta República (regime semi-presidencialista), Sarkozy exibiu sorriso e quis passar confiança a seus militantes, durante discurso em Paris.
“Eu conheço e compreendo a angústia e o sofrimento dos franceses. Ela fala do respeito às nossas fronteiras, da luta contra a terceirização no exterior, dos controles de imigração e valorização do trabalho e da segurança para nossas famílias”, disse Sarkozy. “Neste mundo que muda tão rápido, a preocupação de nossos compatriotas em preservar o seu modo de vida é o tema central nesta eleição”, afirmou o presidente. “Os dois candidatos designados ao segundo turno falam francês. Chegou a hora da ter verdade e coragem”.
Efe
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, quer obter apoio da extrema-direita no segundo turno
No discurso, Sarkozy também desafiou seu rival socialista para três debates em duas semanas – tradicionalmente, só há um debate direto do segundo turno, com cobertura nacional, “para abordar todos os temas importantes sem hipocrisia”, mas Hollande prontamente recusou: “Só haverá um debate, a ser realizado no dia 2 de maio”.
Prontamente, os assessores de Sarkzozy insinuaram que Hollande está com medo de enfrentá-lo. Os representantes socialistas, por sua vez, ironizaram o rival.
Neste domingo, François somou 28,63% dos votos, contra 27,08% de Sarkozy. Marine Le Pen ficou com 18,01%. Jean-Luc Mélenchoon, que já manifestou “apoio à corrente anti-Sarkozy” obteve 11,13%, seguido pelo centrista François Bayrou (9,11%) e a ecologista Eva Joly (2,28%), que já manifestou apoio a Hollande. Bayrou ainda não decidiu seu apoio, mas participou do governo em coalizaão com a UMP por anos. Seus eleitores, segundo as últimas pesquisas, estão um pouco mais inclinados para Hollande (37% contra 30%). Já Marine Le Pen manifestará seu apoio no dia 1º de maio – é possível que para nenhum dos dois.
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