Na véspera do aniversário de 45 anos da Guerra dos Seis Dias, que definiu a ocupação de Israel sobre os territórios palestinos, a OLP (Organização pela Libertação Palestina) fez duras críticas ao governo israelense, e afirmou publicamente que essa ocupação pode se tornar “irreversível”.
“Quarenta e cinco anos depois do começo da ocupação, Israel continua violando deliberadamente a lei internacional através de políticas que minam e ameaçam anular as perspectivas de uma solução de dois Estados”, disse hoje em comunicado Hanan Ashrawi, membro do Comitê Executivo da OLP.
Na nota, a dirigente palestina pede ao mundo que “examine o legado da ocupação israelense: um legado de impunidade e atrozes violações da legislação internacional”. Ela acusa Israel “como potência ocupante” de violar as obrigações estabelecidas na Convenção de Genebra e outros tratados internacionais.
Ashrawi condena a expansão das colônias e do que classifica de “políticas extremistas adotadas pelo governo israelense e legisladas pela Knesset (Parlamento) que enviam uma mensagem sinistra: em vez de investir na paz, Israel investe em avançar a ocupação com a construção de assentamentos, a demolição de casas e o deslocamento de milhares de palestinos”.
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No dia 5 de junho de 1967, tropas israelenses atacaram a força aérea egípcia na Península do Sinai e dão início a uma guerra contra os egípcios, a Síria e a Jordânia. Como resultado, no dia 10 de junho o país conquistou o Sinai, as colinas de Golã, na Síria, e os territórios da Cisjordânia e Faixa de Gaza, além de anexar a porção oriental de Jerusalém.
O Sinai foi devolvido ao Egito, enquanto Gaza foi desocupada em 2005. Atualmente Israel nem cogita negociar Jerusalém, enquanto várias colônias continuam ser criadas na Cisjordânia.
Mais de meio milhão de colonos israelenses vivem hoje nos territórios ocupados, indica a OLP, que assegura que Israel expropriou de fato 46% do território da Cisjordânia.
Desde então, boa parte da população palestina vive sob um regime de ocupação militar que afeta quase todos os aspectos de seu dia-a-dia e que lhes submete a leis e a uma justiça militar imposta por um país que não é o seu.