A Guarda Civil da Espanha desalojou na madrugada desta terça-feira (04/09) 83 imigrantes ilegais que permaneciam na Ilha da Terra, uma pequena ilha espanhola localizada a 30 metros da costa marroquina. A operação contou com o apoio do governo de Marrocos
Desde a semana passada, dezenas de pessoas provenientes de diferentes regiões da África Subsaariana chegaram a este pequeno terreno do arquipélago de Alhucemas em uma tentativa de usar rota alternativa para entrar na Europa.
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Os imigrantes ilegais esperavam que as autoridades espanholas lhes enviassem para a cidade de Melilla (cidade autônoma localicada próimo ao norte da África). O governo decidiu, no entanto, deixá-los na ilha até conseguir um acordo com o Marrocos para extraditá-los ao país africano. Dessa forma, com exceção de dez pessoas em situação de vulnerabilidade, o grupo foi levado ao território marroquino.
Durante mais de três horas, os oficiais espanhóis realizaram diversas viagens de lancha até a praia de Sfiha, aonde deixaram os imigrantes sob a tutela de dezenas de policiais que o esperavam. Os guardas civis nem precisaram deixar seus barcos e terminaram o serviço às 4h30 da manhã (horário local).
As autoridades marroquinas ainda não informaram qual será o destino destes imigrantes, mas jornais supõem que os imigrantes serão extraditados do país. De acordo com o jornal espanhol El Pais, carros utilizados por oficiais para expulsar imigrantes ilegais na fronteira com a Argélia eram vistos estacionados no local.
Abdelmalik El Barkani, responsável pela administração de Melilla, explicou que dez imigrantes, incluindo crianças e mulheres grávidas, foram levados para a cidade espanhola e estão recebendo o tratamento adequado.
Ambos os governos asseguraram que a operação foi “pacífica” e que as forças policiais não “precisaram utilizar a força”, conforme informou o jornal espanhol Publico.es.