Agência Efe
As Forças Armadas do Líbano prometem reprimir “qualquer ação” que afete a paz no país
O exército libanês saiu às ruas nesta segunda-feira (21/10) com o objetivo de controlar o caos nas ruas de Beirute. Desde a última sexta-feira, com a morte do chefe da Inteligência da Polícia, Wisan al-Hassan, durante um atentado, diversos conflitos foram registrados na capital do país.
Em nota, o comando das Forças Armadas avisou que reprimirá qualquer ação para preservar a paz civil. “Pedimos aos dirigentes de todas as forças políticas que expressem suas opiniões com cuidado, porque o destino da nação está em jogo. É necessário se comprometer a manter a paz.”
O comunicado acrescenta que “os eventos que aconteceram nas últimas horas demonstraram que o país está passando por momentos muito críticos e os incidentes em algumas partes chegaram a níveis sem precedentes”.
No domingo, durante o funeral de Al-Hassan, o ex-primeiro-ministro Fouad Siniora pediu a renúncia do chefe de governo, Najib Mikat. Pouco depois, um grupo de jovens tentou invadir a sede do Executivo, o que desencadeou choques com as forças da ordem. Nas últimas horas, ao menos três pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.
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As ações das Forças Armadas ocorrerão iniciaram “especialmente nas regiões onde há atritos sectários e confessionais, para evitar que o Líbano se transforme no terreno de um acerto de contas regionais e evitar a exploração do assassinato do mártir Hassan”.
Os soldados foram alvo de disparos quando tentavam abrir as ruas bloqueadas por manifestantes no bairro de maioria sunita Tariq Yadid, palco de um tiroteio ontem à noite.
O atentado – no qual, além de Al-Hassan, faleceram outras duas pessoas e 126 ficaram feridas – aumentou a tensão no Líbano, dividido entre partidários e opositores do regime de Bashar Al-Assad. Al-Hassan dirigiu as investigações que, em agosto, desvendaram a trama na qual estavam envolvidos o ex-ministro libanês Michel Samaha e o chefe da segurança síria, Ali Mamluk, acusados de planejar atentados contra líderes políticos e religiosos contra sírios.
(*) com agência Efe