Robert Mueller, diretor do FBI, confirmou nesta quarta-feira (20/06) que o governo dos EUA usa drones para vigilância interna. No entanto, durante audiência no Senado norte-americano, Mueller minimizou a utilização do artefato. “Muito mínimo e raro”, disse em relação à ação de drones.
Com o tradicional discurso de combate ao terrorismo, o FBI justificou a utilização do artefato como “forma de proteger os cidadãos de ameaças em todos níveis – interna ou externa. Washington não confirmou onde e como os drones foram acionados.
Agência Efe
Obama enfrenta grande pressão graças ao esquema de espionagem
O governo dos Estados Unidos já havia admitido formalmente o trabalho de aviões não-tripulados no Iêmen e no Pasquistão. É a primeira vez, no entanto, que a utilização de drones é revelada em seu próprio território.
Segundo informações da rede CNN, o FBI chegou a utilizar drones mais de dez vezes. Autoridades policiais afirmam que os aviões não-tripulados constituem uma importante ferramenta em situações de cativeiro e barricadas, pois podem “operar silenciosamente e são menos visíveis que os tradicionais helicópteros e aviões”.
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As revelações de Mueller vieram no momento que a administração Obama recebe grande pressão da opinião pública sobre o escândalo de espionagem revelado no começo de junho. Com interceptações na internet e telefones, Washington teme que, agora, com os drones em seu próprio território, aumente a contestação da população acerca do direito à privacidade.
Perguntado pelo senador republicano Charles Grassley se a utilização de drones espiões no território norte-americano tinha algum manual de operação ou de respeito à privacidade da pessoas, Muller se esquivou. “O programa ainda é muito pequeno”, disse.