A Organização das Nações Unidas (ONU) avaliou, nesta terça-feira (07/05), que a catástrofe que atingiu o estado brasileiro do Rio Grande do Sul foi resultado do aquecimento das águas do Pacífico e do Atlântico Sul, sobretudo o El Ninõ e as mudanças climática.
O fenômeno é responsável pelo aquecimento das águas do Pacífico e ajudou a bloquear frentes frias e a concentrar áreas de instabilidade sobre o Rio Grande do Sul, explicou a entidade, em parceria com a Organização Meteorológica Mundial (OMM).
Milhares de pessoas foram afetadas pelas fortes chuvas que assolam o estado. A Defesa Civil confirmou 78 mortes, outros 105 desaparecidos e 175 feridos. Quase 19 mil pessoas ficaram desabrigadas, mais de 116 mil foram deslocadas e quase 850 mil foram afetadas em 341 municípios.
A diretora-executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Inger Andersen, afirmou que é “devastador ver enchentes catastróficas e letais no sul do Brasil”.
Devastating to see the catastrophic & deadly floods in Southern Brazil. Our thoughts at @UNEP are with all those who have been affected & lost loved ones.
From Brazil to Kenya to Tanzania, nature is screaming at us across the world to tackle the #ClimateCrisis. We must act. Now. https://t.co/EMf32PkZz5
— Inger Andersen (@andersen_inger) May 6, 2024
Ela expressou solidariedade com as pessoas afetadas e que perderam entes queridos e disse que “do Brasil ao Quênia e à Tanzânia [outros locais que enfrentam graves enchentes], a natureza está clamando para que enfrentemos a crise climática”.
Já uma nota do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, diz que a agência “se solidariza com a dor daqueles que perderam suas famílias, suas casas e sofrem com as consequências desse desastre”.
(*) Com ONU News