Mexicanos e salvadorenhos têm uma visão positiva sobre a possibilidade de residir nos EUA. A maioria, inclusive, conserva intacto o famoso ideal do “Sonho Americano” das décadas de 60 e 70, projetando sucesso econômico e social em caso de imigração ao território norte-americano. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (24/10) pelo Pew Hispanic – centro de pesquisas latinas da América do Norte.
Veja, em inglês, o relatório completo
67% das pessoas de El Salvador, que têm parentes ou amigos nos EUA, expressam visões favoráveis ao país presidido por Barack Obama. Seis a cada dez se mudariam para lá se pudessem, diz a pesquisa. Cerca de 60% de mexicanos também afirmam que familiares, parentes e amigos que estão nos EUA conseguiram “atingir os seus objetivos”.
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Os números, dizem os pesquisadores, são reflexo dos altos índices de violência nos países. 66% dos mexicanos e 79% dos salvadorenhos acreditam que o maior problema nacional é a violência, em conjunto com o crime organizado. Mesmo com seguidas perseguições a imigrantes e violência de Washington nas regiões de fronteira, a criminalidade nacional motiva as pessoas dos dois países a tentarem uma chance no país do hemisfério norte.
Em tempos de escalada da violência no México, campanha contra a criminalidade ficou famosa no país, ganhando repercurssão internacional. Veja o vídeo abaixo.
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A pesquisa revela também que a população dos dois países se mostra favorável à guerra contra as drogas. Para 94% dos salvadorenhos, o governo deveria colocar as Forças Armadas para lutar contra o narcotráfico e o crime organizado. 87% dos mexicanos defendem a mesma posição.
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Ao mesmo tempo, a população dos dois países se diz preocupada com os frequentes casos de abuso policial e violação dos direitos humanos por parte das forças policiais do país. Sete em dez mexicanos consideram o problema “grave”.
A pesquisa ouviu 792 pessoas em El Salvador e mil no México durante março e maio deste ano.