Os Estados Unidos vão aguardar a saída do presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, que está em fim de mandato, para definir como irão retirar as tropas do país, segundo reportagem do jornal The Wall Street Journal. Ele se negou a assinar o acordo de segurança bilateral proposto pelos americanos, informaram fontes oficiais.
Essa decisão reflete a pouca esperança do governo de Barack Obama em conseguir um acordo com Karzai sobre a presença dos soldados americanos no Afeganistão para garantir a segurança uma vez que for finalizada a guerra este ano, explicaram as fontes na segunda-feira (11/02) ao jornal.
Agência Efe
Presidente afegão se recusou a assinar o acordo de segurança bilateral proposto pelos americanos
As eleições no Afeganistão estão previstas para 5 de abril e deve ocorrer um segundo turno, o que vai impedir que um novo governo assuma até agosto. Até lá, Washington terá que esperar para ver como sair do país.
A recusa de Karzai em assinar o acordo de segurança bilateral proposto pelos Estados Unidos e que permitiria a permanência, no longo prazo, de soldados americanos e da Otan no Afeganistão gerou uma crise entre os dois países.
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A Força Internacional de Assistência para a Segurança (Isaf, sigla em inglês) da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Afeganistão deve se retirar do país no final deste ano após mais de 12 anos de guerra.
O Pentágono propôs a Obama em janeiro a manutenção de 10 mil soldados no Afeganistão, assim como um limitado número de bases, depois do fim da guerra e até o final do último mandato do presidente democrata, em 2016.
A Casa Branca, por outro lado, ressaltou no final de janeiro que mantém aberta a possibilidade de não deixar nenhum soldado no Afeganistão após o fim da missão da Otan, especialmente se persistirem as diferenças com o país asiático.
A maioria dos candidatos à Presidência do Afeganistão se mostrou a favor de que os Estados Unidos mantenham alguma presença militar após o fim da guerra, mas evitaram apoiar abertamente o acordo de segurança bilateral proposto por Washington.
Os Estados Unidos têm atualmente 38 mil militares em território afegão como parte da missão da Isaf, que também conta com cerca de 19 mil soldados de outros países.