O julgamento do ex-presidente Mohammed Mursi, acusado de envolvimento na morte de manifestantes em dezembro, foi adiado até quinta-feira (06/03) depois que a defesa pediu que o tribunal se declare incapaz de julgar o caso, informou a agência oficial de notícias, Mena nesta terça-feira (04/03).
O presidente do Tribunal Penal do Cairo, o juiz Ahmed Sabri Youssef, justificou sua decisão no pedido, feito pela defesa, requisitando sua própria retirada e de outro membro da corte, Ahmed Abul Futuh. A alegação é que o tribunal não atendeu a várias de suas demandas, assinalou Mena.
Mursi, junto com outros 14 dirigentes da Irmandade Muçulmana , é acusado de estar implicado na morte de dois manifestantes e ferimentos em outros 30 durante as incidentes das manifestações contra o Palácio Presidencial de Al Itihadiya, em 5 de dezembro de 2012.
Na audiência de hoje, a Procuradoria-Geral mostrou 13 das 34 cenas gravadas sobre os distúrbios, segundo o site do diário Al-Ahram.
Mursi, que foi deposto pelo Exército em 3 de julho, enfrenta outras acusações de insultar o Judiciário, fugir da prisão durante a revolução de janeiro de 2011 que derrubou o então presidente Hosni Mubarak, e por entregar informação confidencial a países e organizações estrangeiras como o movimento islamita palestino Hamas.
Em relação a estes dois últimos processos, a Justiça egípcia ditará em 9 de março a decisão sobre o pedido de recusa dos tribunais nos dois casos.
No julgamento de colaboração com países e organizações estrangeiras foram também acusados outros dois dirigentes da Irmandade Muçulmana Mohammed el Beltagui e Safuat el Hagazi. Eles reivindicam que os magistrados têm uma “ideia preconcebida sobre a causa”.
Ontem o mesmo juiz suspendeu o processo sobre a fuga da prisão depois de a defesa de Mursi pedir a rejeição dos juízes do caso pela mesma razão.
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