Atualizada às 9h18
O primeiro-ministro interino da Tailândia, Niwattumrong Boonsongpaisan, pediu nesta terça-feira (20/05) ao Exército, que declarou lei marcial em todo o país pelos protestos antigovernamentais, que respeite a Constituição e evite a violência.
“O governo também deseja a paz, por isso qualquer ação adotada com esse propósito deve ser pacífica e imparcial”, afirmou o comunicado do chefe do Executivo, em sua primeira reação após a declaração da lei marcial.
Agência Efe
Chefe do Exército, Prayuth Chan-Ocha (esq.), nega que lei marcial, decretada sem o apoio do governo, seja um golpe de Estado
Já o líder do Partido Democrata, Abhisit Vejjajiva, defendeu a intervenção militar e comparou a lei marcial a uma ferramenta útil para sufocar situações potencialmente perigosas. O Comitê Executivo do Partido Democrata, o principal da oposição, irá se reunir amanhã para adotar uma posição.
O chefe do Exército tailandês, Prayuth Chan-Ocha, afirmou hoje que obrigará as duas partes se sentem para negociar. O militar disse que a medida durará “o tempo que for necessário” e minimizou a sua exigência de interromper a programação dos canais de rádio e televisão quando quiser fazer algum pronunciamento.
“Não usamos a lei marcial com toda sua capacidade. Necessitamos atuar de maneira pacífica e o mais rápido possível, é por isso que solicitamos sua ajuda [da imprensa]. Por favor, não sejam tendenciosos”, explicou o chefe do Exército.
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Mais cedo, durante a madrugada, Prayuth declarou lei marcial para garantir “a paz e a ordem” nos protestos antigovernamentais, que começaram o outubro passado e nos quais morreram 28 pessoas. Também há manifestações pró-governo em todo o país.
Em um anúncio transmitido pela televisão, Prayuth disse que não se trata de um “golpe de Estado” e que o objetivo é evitar que a violência se espalhe entre grupos de manifestantes rivais.
(*) Com Agência Efe