As Forças Armadas do Iraque realizaram neste sábado (28/06) a maior ofensiva já feita desde o início da crise do país para retomar Tikrit, cidade natal do ditador Saddam Hussein localizada a 170 quilômetros ao norte Bagdá que está sob controle dos jihadistas sunitas do EIIL (Estado Islâmico do Iraque e do Levante).
O ponto de partida dos ataques foi Samarra, cidade a 40 quilômetros de Tikrit. Segundo a Al Jazeera, o Exército do governo xiita afirmou que já conquistou de volta a universidade de Tikrit, mas o grupo extremista alega que eles conseguiram repelir o ataque com sucesso.
Efe
Em meio a conflito sectário entre sunitas e xiitas no Iraque, EUA confirmaram que estão usando aviões não tripulados por Bagdá
Paralelamente, autoridades dos Estados Unidos confirmaram hoje a presença de drones sobrevoando Bagdá para proteger diplomatas e militares norte-americanos. “Estamos construindo uma situação para que consigamos apoiar as forças de segurança iraquianas na medida em que eles confrontam com o EIIL”, disse o general Martin Dempsey, chefe de Estado das Forças Armadas dos EUA, à AP.
Bombardeamentos de aeronaves não tripuladas necessitam de uma autorização do presidente Barack Obama, que ainda não declarou se continuará usando drones no Iraque apenas como mecanismo de defesa de cidadãos norte-americanos ou se utilizará a tecnologia para ataque.
“Alguns aparelhos são armados, antes de tudo por motivos de proteção aos militares que estão no solo”, afirmou o porta-voz do Pentágono, o almirante John Kirby, citado pelo Le Monde. De acordo com Kirby, há cerca de 500 militares norte-americanos atualmente no Iraque.
Ontem, a ONG Human Rights Watch revelou que Tikrit foi palco de execuções em massa entre o dia 11 e 14 de junho. A partir de análises de fotografias e imagens de satélite, a organização humanitária internacional denunciou que o EIIL matou entre 160 e 190 homens em ao menos dois locais diferentes na cidade. O número de vítimas deve ser superior, dada a dificuldade de encontrar os corpos e acessar essas áreas.
Reprodução/ Human Rights Watch
Mapa de ONG internacional indica localização de alguns corpos e de área onde aconteceram execuções em massa
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