Um caça ucraniano foi abatido em território controlado por separatistas pró-Rússia nesta quarta-feira (20/08), de acordo com informações do Conselho Nacional de Segurança e Defesa, que deu detalhes sobre o incidente. Pelo menos 34 civis morreram e 29 ficaram feridos nas últimas 24 horas na região de Donetsk, no leste da Ucrânia.
Agência Efe
Kiev realizou diversos bombardeios na região de Donetsk
Assim como em Lugansk, que se encontra sitiada e onde o governo diz ter retomado o controle de diversas localidades, Kiev tem travado diversas batalhas em Donetsk, onde os manifestantes oferecem resistência ao avanço das tropas do país.
Na cidade de Ilovaisk, localizada na região de Donetsk, estão ocorrendo os combates mais intensos. Nove soldados leais a Kiev morreram nas últimas 24 horas, segundo o porta-voz do Exército, Anton Gueraschenko. Entre os mortos estão um cidadão norte-americano, o primeiro estrangeiro a morrer nas fileiras das tropas ucranianas.
Neste final de semana, a chanceler alemã, Angela Merkel, chegará a Kiev, onde ficará até a próxima terça-feira (26/08). Ela terá reuniões na Bielorrússia com os presidentes da Ucrânia, Petro Poroshenko, e da Rússia, Vladimir Putin.
“Desde que é feito o registro das vítimas dos eventos que começaram na região de Donetsk, em 13 de março, morreram 951 pessoas e 1.748 ficaram feridas”, disse o Departamento de Saúde do governo regional.
Ajuda humanitária
Em Lugansk, mais de 250 mil pessoas já abandonaram a cidade. As 200 mil pessoas que permanecem na região estão há algumas semanas sem os serviços mais básicos, incluindo água. Os alimentos também ficam escassos.
A Rússia enviou 260 caminhões com mais de duas mil toneladas de ajuda em alimentos, água e outros artigos essenciais. O material segue na fronteira há seis dias porque Kiev teme que os russos, alegando carregar ajuda humanitária, usem os veículos para levar armas aos rebeldes.
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Hoje, no entanto, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha anunciou que recebeu as garantias necessárias de segurança para que possa participar da entrega do material. Está previsto que os caminhões russos entrem em grupos de 30 na Ucrânia, após serem inspecionados conjuntamente por agentes de fronteiras e de alfândegas.
“Uma equipe cruzou o leste da Ucrânia nesta manhã, recebendo as garantias de segurança para esta missão. A equipe está supervisionando as condições no caminho e a situação em geral”, informaram fontes da organização, como reportou a agência Efe.
A Cruz Vermelha hesitava tomar uma medida por precisar de garantias de segurança para assumir o transporte, a gestão e repartição da ajuda humanitária russa para a população já que uma das condições da Ucrânia foi que a entidade assuma a responsabilidade da carga uma vez em território ucraniano.
Os responsáveis da organização humanitária e dos governos da Rússia e Ucrânia acordaram nos últimos dias que, em cada caminhão com direção à região de Lugansk, haverá um representante da Cruz Vermelha.