Um vídeo mostrando que Haruna Yukawa, um dos japoneses feito refém pelo EI (Estado Islâmico), teria sido decapitado, foi divulgado neste sábado (24/01) em uma página que monitora as atividades do grupo. Até a tarde de hoje, Tóquio estava tentando confirmar a veracidade das imagens, mas o premiê do país, Shinzo Abe, classificou o ato de “violento e imperdoável” e exigiu a imediata libertação de Kenji Goto, que também está em poder dos extremistas.
O anúncio da captura dos dois homens foi feito no último dia 20.
Twitter/SiteIntelGroup
Em frame do vídeo, Goto aparece segurando foto (borrada na imagem) de Yukawa decapitado
Nas imagens, Goto aparece segurando uma foto de Yukawa, na qual ele aparece decapitado, enquanto fala sobre a nova exigência do grupo: a libertação de uma jihadista, condenada à morte na Jordânia, acusada de tentar executar um atentado suicida em Amã, em 2005. O EI diz, no vídeo divulgado, que Yukawa foi morto após o Japão não pagar o resgate estipulado pelo movimento, que era de US$ 200 milhões (cerca de R$ 516 milhões). O prazo para tal acabou na última sexta-feira (23/05).
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“Eu sou Kenji Goto Jogo. Vocês viram a foto do meu companheiro de cela Haruna decapitado no território do califado islâmico. Vocês foram avisados. Vocês receberam um prazo e, assim, meus raptores agiram de acordo com a palavra deles. Abe, você matou Haruna. Você não levou a sério a ameaça dos meus raptores e não agiu no prazo de 72 horas”, diz a voz no vídeo, que acredita-se ser de Goto.
“A demanda deles é mais fácil. Eles estão sendo justos”, continua. “Eles não querem mais dinheiro, então você não precisa se preocupar em financiar terroristas. Eles somente estão exigindo a libertação da irmã prisioneira Sajida Mubarak Atrous al-Rishawi. É simples. Você os dá Sajida e eu serei libertado.”
Abe convocou uma reunião de emergência do gabinete para a madrugada deste domingo (25/01), no horário local, tarde de sábado em Brasília.