Em meio ao referendo que acontece neste domingo (05/07) na Grécia para decidir pelo “sim” ou pelo “não” a um acordo com credores nos moldes da austeridade tradicional europeia, o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, alertou nesta manhã que Atenas teria de introduzir uma outra moeda se o “não” vencer.
“A Grécia continua no euro depois desse referendo? Este certamente é o caso, mas se eles disseram 'não' eles terão de introduzir uma outra moeda após o referendo, pois o euro não estaria disponível como meio de pagamento”, afirmou Schulz à rádio Deutschlandfunk.
O líder europeu ainda criticou o que chama de “postura ideológica” por parte do governo grego, encabeçado pelo partido de esquerda Syriza.
Para o presidente do Legislativo Europeu, os ministros do Syriza adotam uma postura de “tudo ou nada” em sua negociações com a troika (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia).
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Segundo Schulz, as instituições financeiras já fizeram muitas concessões à Grécia. “A maior parte das exigências gregas tinham sido aceitas”, destacou.
Aos seus olhos, o acordo era possível, de modo que não haveria necessidade de um referendo e o povo teria recebido seu dinheiro.
Milhões de gregos foram hoje às urnas decidir entre o “sim” e o “não” a um acordo nos moldes dos credores europeus, após uma breve campanha que foi marcada pela polarização e sob a pressão do fechamento de bancos imposto pelo governo grego no último fim de semana.
Em meio ao controle de capitais, o governo garantiu transportes públicos gratuitos em Atenas, a fim de facilitar a locomoção e não dificultar a situação financeira da população.
EFE
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