As estátuas de nus dos Museus Capitolinos em Roma, capital italiana, foram cobertas com paineis brancos para a visita do presidente iraniano, Hassan Rouhani, ao primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, na segunda-feira (25/01).
Segundo a agência de notícias italiana Ansa, a medida foi tomada para demonstrar respeito à cultura iraniana. Da mesma forma, vinho não foi servido durante os encontros, visto que o islã — religião oficial do Irã — proíbe o consumo de álcool.
“A cobertura de estátuas dos Museus Capitolinos durante a visita de Rouhani é um sinal de zelo excessivo”, criticou na terça (26/01) Luca Squeri, membro do Parlamento pelo partido de centro-direita Forza Italia, do ex-premiê Silvio Berlusconi.
Nude statues covered at #rome Capitoline museum for visit of #iran's #rouhani https://t.co/LTZ6j6SfYX via @Agenzia_Ansa
— JosephineMcKenna (@JosephineMcK) 26 janeiro 2016
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“Respeito por outras culturas não pode e não deverá ser igual à negação de nossa própria cultura. Isto não é respeito, isto é o cancelamento de diferenças ou, pior ainda, submissão. É a confirmação de que quando [o primeiro-ministro] Renzi fala de identidade e integração, ele está falando besteira”, disse Squeri à Ansa.
O encontro entre Itália e Irã é parte da reaproximação do país muçulmano com o ocidente, que se dá após o fim do programa nuclear iraniano e, consequentemente, às sanções econômicas impostas ao país. Na segunda, as duas nações assinaram 17 acordos comerciais.
Nesta terça-feira (26/01), Rouhani se encontrou com o papa Francisco para uma reunião privada que durou 40 minutos, na qual discutiram o programa nuclear do Irã e o papel que país muçulmano pode desempenhar para ajudar a solucionar os conflitos no Oriente Médio.
Agência Efe
O presidente iraniano, Hassan Rouhani, e papa Francisco trocam presentes durante encontro no Vaticano