Atualizada às 12h41
O chefe de polícia de Munique, Hubertus Andrae, descartou neste sábado (23/07) que haja relação entre o autor do ataque que deixou dez mortos em um shopping da cidade e o grupo jihadista EI (Estado Islâmico).
Dez pessoas morreram no ataque (incluindo o atirador) e há 27 feridos, dos quais dez estão em estado grave.
Agência Efe
Polícia do lado de fora de shopping onde dez pessoas foram mortas por atirador na sexta-feira
Em entrevista coletiva à imprensa, Andrae disse que o autor do ataque recebeu tratamento psiquiátrico e enfrentava problemas relacionados à depressão.
Segundo a polícia, o atirador era um jovem de 18 anos, de ascendência iraniana, que cresceu em Munique e possuía dupla nacionalidade.
Ele disse que a polícia realizou uma busca no quarto do atirador e descartou uma ligação com o Estado Islâmico nas mortes.
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“Com base nas buscas, não há indicação alguma de uma conexão com o Estado Islâmico”, disse. Ele também refutou qualquer ligação do caso com a questão dos refugiados no país.
De acordo com o oficial, o atirador era “obcecado” por tiroteios em massa. Segundo ele, foram encontrados livros e publicações sobre episódios violentos na casa do agressor. Ele também teria feito pesquisas sobre casos passados, incluindo sobre o ataque que completou cinco anos na sexta em Oslo, na Noruega, que deixou 77 mortos.
A polícia diz não saber até o momento o que levou o agressor a cometer o crime, mas disse que não há indicativos de motivação política.
Segundo informações de Robert Heimberger, da polícia da Baviera, o adolescente carregava mais 300 balas em sua mochila no momento em que foi encontrado morto com um ferimento a bala a cerca de um quilômetro do shopping.
A polícia alemã investiga agora uma conta falsa no Facebook que teria sido usada pelo agressor para atrair pessoas para perto do restaurante onde se iniciou o ataque nesta sexta-feira.
“Estamos em luto profundo… partilhamos sua dor”, disse a chanceler alemã, Angela Merkel, após um encontro do conselho nacional de segurança. Ela disse também que as autoridades do país irão atuar para garantir segurança à população.
Neste sábado, houve uma homenagem às vítimas em frente ao shopping, onde foram deixadas flores e velas. Em um cartaz, uma frase questionava “Por quê?”.