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Análise

Solidariedade e resistência cubana seguem fazendo história 62 anos após revolução

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Brigadas médicas da ilha caribenha combateram covid-19 em diversos países; avanços científicos também ganham destaque

Lu Sudré

São Paulo (Brasil)
2021-01-01T16:31:44.000Z

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Cuba comemora os 62 anos da revolução socialista, celebrados nesta sexta-feira, 1º de janeiro, ecoando os princípios da solidariedade e da resistência popular em nível global. Enquanto muitos países amargaram as consequências mais graves da pandemia do coronavírus ao longo do último ano, a ilha caribenha se tornou um exemplo internacional.

Assim que o vírus chegou ao país, Cuba conseguiu mudar o rumo da pandemia e se diferenciou dos demais países do continente latino-americano. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde Pública de Cuba nesta sexta-feira, 176 pessoas foram contaminadas no país. Até o momento, 146 óbitos foram registrados.

Para alcançar o êxito da preservação da vida e índices muito menores do que os países vizinhos, os profissionais de saúde cubanos trabalharam com a prevenção, isolando os pacientes, acompanhando casos suspeitos e fazendo atendimentos domiciliares. 

Com a proliferação da covid-19, a medicina humanizada e solidária característica de Cuba atravessou fronteiras mais uma vez: Mais de 3.700 profissionais de saúde foram enviados a 35 países. 

Das 46 brigadas formadas para enfrentar a pandemia, 37 continuam prestando serviços de saúde em 26 nações como Angola, Haiti, Honduras, México, Peru, Qatar e outros. 

Segundo o Consulado de Cuba em São Paulo, as brigadas cubanas trataram de mais de 300 mil pessoas e salvaram mais de 9 mil vidas. Dos quase quatro mil profissionais que integraram a iniciativa, 61,2% eram mulheres.

Em reconhecimento à atuação essencial dos cubanos na área da saúde, uma campanha pelo Nobel da Paz 2020 para os profissionais ganhou força ao longo do ano e foi apoiada em todo o mundo. 

Criado em setembro de 2005 por Fidel Castro, as brigadas já salvaram milhares de vidas em países assolados por terremotos, furacões e epidemias em diferentes regiões da África, América Latina, Caribe e Ásia. 

Elas atuaram, por exemplo, para atender vítimas de Ebola na África Ocidental em 2014 e 2015. Em reconhecimento ao trabalho dos profissionais, a brigada Henry Reeve recebeu o Prêmio Doutor Lee Jong-Wook 2017 de Saúde Pública, entregue pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Cancillería Cuba
Brigadas médicas da ilha caribenha combateram covid-19 em diversos países

Ciência soberana

Além do atendimento voluntário, o desenvolvimentos de medicamentos e imunizantes contra o coronavírus também estão entre as conquistas da medicina cubana e de acurada  biotecnologia.

No último dia (30/12), o diretor do Instituto Finlay de Vacinas (IFV), Vicente Vérez Bencomo, declarou que Cuba poderá imunizar toda a população contra o coronavírus com uma vacina própria no primeiro semestre de 2021.

As vacinas desenvolvidas por pesquisadores locais são a Soberana 01 e Soberana 02, que avançaram significativamente nos ensaios clínicos. 

O Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia cubano também analisa o desenvolvimento de outros dois potenciais imunizantes, denominados Mambisa e Abdala.

A obtenção e fabricação de vacinas não são novidade para a ilha. O programa nacional de vacinação para toda infância do país conta com 11 vacinas contra 13 doenças, sendo oito delas de fabricação nacional.

Em maio deste ano, o governo anunciou ainda o uso de dois medicamentos produzidos em território cubano que reduziram a inflamação em pacientes positivos em estado grave.

Uma dessas drogas é o Itolizumab, um anticorpo monoclonal criado no Centro de Imunologia Molecular (CIM) usado no tratamento de linfomas e leucemias. A outra é um peptídeo que estava sendo utilizado em ensaios clínicos em pacientes com artrite reumatoide.

Resistência histórica

Mais de seis décadas após a fuga do ditador Fulgencio Batista e a entrada do Exército Rebelde em Santiago de Cuba, o projeto de nação defendido pelo por Fidel Castro continua sendo atacado em nível internacional.

Cuba é historicamente alvo de duros embargos econômicos promovidos pelos Estados Unidos - ações que foram reforçadas sob a gestão de Donald Trump.

O republicano limitou as viagens e o envio de remessas de dinheiro ao país caribenho, além de anunciar uma norma que permite processos na Justiça norte-americana contra empresas estrangeiras presentes em Cuba e que administram bens confiscados pela revolução. 

Ele também aumentou as sanções contra as exportações de petróleo venezuelano, o que reduz as vendas subsidiadas de combustível a Cuba.

Conforme a previsão da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), a projeção é de que o PIB deste ano seja de -8%, resultado do agravamento da crise econômica agravada pela covid.

Com a vitória de Biden há uma expectativa de reaproximação entre Cuba e Estados Unidos, a exemplo da atuação do democrata Barack Obama.

Ainda que o bloqueio prejudique a população, os ideais da revolução socialista seguem vivos e se modernizam com ampla participação popular. Em 2019, os cubanos foram às urnas para votar uma nova constituição.

As mudanças aprovadas por mais de 80% dos cubanos incluem o reconhecimento da propriedade privada, a proibição da discriminação contra a população LGBT, estabelece a liberdade de imprensa e limita o mandato presidencial a cinco anos, com direito a uma reeleição.

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Acompanhe a cobertura sobre a pandemia de covid-19 no planeta

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2021-01-18T22:46:00.000Z

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A multinacional Pfizer alterou novamente seu plano de entrega das vacinas anti-covid à Itália nesta segunda-feira (18/01), o que atrasará o recebimento das novas doses. 

Hoje, a farmacêutica entregou cerca de 103 mil doses ao governo italiano das 397 mil previstas para esta semana. A expectativa é de que somente 53.820 ampolas sejam recebidas amanhã (19/01), enquanto que outras 241 mil devem chegar ao país na quarta (20/01).

A mudança foi divulgada pela Pfizer nesta tarde e um comunicado foi enviado ao gabinete de Domenico Arcuri, da comissão italiana para a pandemia, explicando que o atraso se deve ao novo plano de distribuição para os próximos dias.


Corrida da vacina: quais países já começaram a imunizar contra a covid-19?


"Mais um atraso inacreditável", lamentou o comissário extraordinário da Itália, ressaltando que as novas alterações precisarão ser debatidas durante um encontro com as autoridades regionais.

Segundo Arcuri, diversos governadores italianos já pediram sua intervenção para ajudar na distribuição das doses do imunizante. Uma das hipóteses que devem ser discutidas é o desenvolvimento de uma espécie de "mecanismo de solidariedade", no qual as regiões com mais vacinas ajudam as que têm menos.

Na semana passada, a Pfizer já havia comunicado unilateralmente que a partir desta segunda-feira entregará à Itália cerca de 29% de ampolas de vacina a menos do que o planejamento que havia sido compartilhado com as autoridades italianas. O país, porém, não é o único a sofrer com a medida da farmacêutica, que já foi duramente criticada por nações da União Europeia por não adequar a decisão aos contratos assinados.

A BNT 162b, desenvolvida em parceria com o laboratório alemão BioNTech foi a primeira vacina anti-Covid aprovada no bloco europeu e começou a ser aplicada no dia 26 de dezembro. (*Com Ansa)

Mapa do coronavírus no mundo

Como usar o mapa: Use as abas para mudar de categoria. Em "Totals", você vê os dados consolidados; em "World", os números por país; em "Plots", você vê a evolução dos números em gráficos; em Map, o mapa geral de casos; em US, o número de casos por Estado nos EUA. Caso as abas não apareçam, use a setinha para mudar.

O mapa mundial foi desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins e está disponível somente em inglês.


Veja como está a confirmação dos casos em países selecionados da América Latina (defasagem de 24 horas):

Aqui você vê animações gráficas que mostram a evolução do número de casos e de mortos ao longo do tempo. Essas animações estão sempre um dia defasadas, pois dependem da compilação de dados feita pelo Centro Europeu de Prevenção de Doenças e Controle.

Para ver a animação ao longo do tempo, clique duas vezes no botão de play que se encontra no canto inferior esquerdo.

Gráfico de casos de coronavírus no mundo

Gráfico de mortes de coronavírus no mundo

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(*) A primeira versão deste texto foi publicada em 17 de março de 2020, e está sendo atualizado constantemente nesta URL.

Saúde

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