O presidente do Equador, Rafael Correa, promoveu uma ampla mudança em seu gabinete, substituindo nove ministros de áreas estratégicas do governo. As mudanças, que já haviam sido antecipadas por Correa, representam um “aprofundamento da Revolução Cidadã”, segundo o presidente.
Jorge Glas ficará no comando da pasta de coordenação dos Setores Estratégicos; Jaime Guerrero, no Ministério das Telecomunicações; María Duarte, Transporte e Obras Públicas e Ximena Ponce, Inclusão Econômica e Social. A economista Katiuska King coordenará a política econômica no lugar de Diego Borja, que presidirá o conselho do Banco Central. Finalmente, Gloria Vidal ocupará a pasta da Educação, substituindo Raúl Vallejo; José Serrano, da Justiça e Verónica Sion, de Indústrias. O governo equatoriano conta com 30 ministérios ao todo.
Após as posses, Correa disse, de acordo com o jornal equatoriano El Comercio, que em seu país há uma luta, principalmente no plano político, como parte do processo para mudar o equilíbrio de poder para que, no novo estado, tal como proposto pela Revolução Cidadã, “quem mande sejam os cidadãos, a maioria.”
Neste sentido, Correa afirmou que, no passado, o Equador caminhava na direção errada e que esse processo foi alterado após sua eleição, em 2007. “Estamos indo na direção certa, mas eu temo que o processo ainda tenha pontos caóticos, com o desperdício de recursos, ineficiência e gestores inertes, como era no velho país”, disse o presidente, que insistiu que a segunda fase da Revolução Cidadã deve enfatizar a eficiência da gestão.
Em entrevista à emissora Ecuador TV ontem (5), a ministra Coordenadora da Política, Doris Soliz, explicou, segundo a Agência Ansa, que a medida faz parte da “segunda etapa desses três anos e meio que significarão a radicalização da Revolução Cidadã em vários âmbitos”.
No dia 20 de março, Correa pediu a renúncia de todos os ministros, que seriam substituídos para a reestruturação de seu gabinete. “Sempre lhes disse que antes de crise de gabinete, prefiro crise de ideias, relançar ideias, questionar”, reiterou o presidente na ocasião.
No entanto, de acordo com Soliz, o que ocorreu não se trata de uma “reciclagem”, mas sim de uma avaliação a qual são submetidos todos os funcionários do governo.
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