O ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter chegou nessa quarta-feira (25/8) a Pyongyang em uma viagem cujo objetivo é conseguir a libertação de um cidadão norte-americano condenado a oito anos de trabalhos forçados por ter entrado ilegalmente na Coreia do Norte, segundo informa a imprensa sul-coreana e norte-americana.
A agência oficial norte-coreana de notícias KCNA informou em breve comunicado que “Carter e sua comitiva chegaram a Pyongyang”, em cujo aeroporto foram recebidos pelo negociador local para o diálogo nuclear, Kim Kye-gwan.
Aijalin Mahli Gomes, de 30 anos, foi detido na Coreia do Norte em 25 de janeiro por entrar ilegalmente no país através da fronteira com a China, e em abril foi condenado por um tribunal do país asiático.
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Essa é a segunda visita do ex-presidente democrata norte-americano e Prêmio Nobel da Paz em 2002 à capital norte-coreana, depois da viagem histórica que realizou em 1994. Na ocasião, Carter se reuniu com o então líder norte-coreano e pai do atual, Kim Il Sung, e conseguiu que a Coreia do Norte negociasse com os EUA em conversas sem precedentes, que levaram a um acordo de desarmamento nuclear.
Esta é também a segunda vez que um ex-presidente norte-americano viaja à capital norte-coreana especificamente para libertar um de seus cidadãos. Em agosto de 2009, Bill Clinton se reuniu em Pyongyang com o atual líder norte-coreano, Kim Jong-il, para conseguir a libertação de duas jornalistas que tinham sido detidas na fronteira com a China e condenadas a 12 anos de trabalhos forçados.
Encontro
Segundo a imprensa sul-coreana, Carter também se reunirá nesta quarta com o líder norte-coreano, passará uma noite em Pyongyang e voltará a seu país em um avião privado junto a Gomes, um ex-professor de inglês original de Boston.
O Departamento de Estado enviou em segredo, entre 9 e 11 de agosto até o dia 16, um funcionário consular, dois médicos e um tradutor à Coreia do Norte para visitar Gomes, mas a equipe fracassou em sua tentativa de conseguir a libertação.
Segundo a imprensa oficial norte-coreanos, o americano tentou suicídio em julho por causa de um sentimento de “culpabilidade” e “decepção” perante o fato de Washington não ter tomado medidas para sua libertação.
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