O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, anunciou nesta quinta-feira (02/07) a suspensão da expulsão da embaixadora da União Europeia em Caracas, Isabel Brilhante Pedrosa.
Segundo o chanceler, a decisão foi resultado de um esforço de diálogo conjunto entre a diplomacia venezuelana e o Serviço de Ação Exterior do bloco europeu.
A expulsão da representante diplomática da UE havia sido anunciada pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, na segunda-feira (29/06) após o bloco ter imposto diversas sanções contra funcionários do governo venezuelano.
Em nota conjunta assinada por Caracas e Bruxelas, as partes afirmam que o chanceler venezuelano e o representante da UE para Assuntos Exteriores, Josep Borell, “concordaram na necessidade de manter as relações diplomáticas”.
“Ambos concordaram em promover contatos diplomáticos entre as partes no mais alto nível no marco de uma cooperação sincera e de respeito ao Direito Internacional”, afirmam.
Sanções e reação
A expulsão da embaixadora da UE foi uma reação do governo venezuelano frente às 11 novas sanções por parte do bloco europeu contra o país. Atualmente, a União Europeia mantém 36 sanções contra a Venezuela.
Desta vez foram afetados membros do governo da Venezuela, entre eles o presidente do Parlamento venezuelano, Luis Parra, recém eleito em votação que retirou o autoproclamado presidente Juan Guaidó do cargo.
Segundo documento da UE, os funcionários que sofreram sanções “são particularmente responsáveis por agir contra o funcionamento democrático da Assembleia Nacional” e por criarem “obstáculos a uma solução política e democrática para a crise na Venezuela”.
Na segunda-feira, ao dar o prazo de 72 horas para que a representante deixasse o país, Maduro afirmou que “todos os dias o império estadunidense e os restos do império europeu nos golpeiam, mas aqui estamos, frescos e vitoriosos”.
“Se preparem senhores colonialistas, supremacistas e racistas porque na Venezuela haverá eleições parlamentares, livre, transparentes e com a participação de milhares de candidatos e candidatas”, afirmou o presidente.
Cancillería Venezuela
Arreaza e Borell ‘concordaram na necessidade de manter as relações diplomáticas’