O Hezbollah lançou pelo menos “100 foguetes Katyusha” contra posições israelenses nesta quarta-feira (03/07) em resposta ao ataque aéreo liderado por Tel Aviv que, horas antes, matou um de seus comandantes de mais alto escalão, na cidade costeira de Tiro, no sul do Líbano.
De acordo com as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), a ofensiva do movimento libanês alcançou Kiryat Shmona e outras áreas da Galileia, bem como as Colinas de Golã, no norte israelense. No entanto, a maioria dos foguetes atingiu áreas abertas e não houve registro de feridos.
Mais cedo, o Hezbollah confirmou a morte de Muhammad Nimah Nasser, também conhecido como Hajj Abu Naameh, sendo o terceiro alto funcionário do grupo a ser morto em quase nove meses de combates transfronteiriços que provocam temores de uma escalada regional mais ampla.
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Após o assassinato de Nasser, em comunicado emitido pelo gabinete israelense, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, afirmou que seu exército estaria pronto para tomar qualquer ação necessária contra o grupo libanês. Ele também acrescentou que os tanques das forças armadas que saem de Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, “podem chegar até Litani”, uma referência a um rio libanês perto da fronteira entre os países.
“Preferimos um acordo, mas se a realidade nos forçar, saberemos como lutar”, disse Gallant.
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Muhammad Nimah Nasser foi assassinado por um ataque aéreo israelense na cidade costeira de Tiro, no sul do Líbano
De acordo com as IDF, desde 2016, Nasser liderava a unidade Aziz do Hezbollah, uma das três divisões regionais no sul do Líbano. A unidade em questão é responsável pela região sudoeste do país e ela já realizou centenas de ataques contra a Galileia superior e ocidental do norte de Israel ao longo da guerra em Gaza, em apoio ao Hamas.
Ainda segundo as IDF, Nasser é o segundo comandante mais graduado do movimento libanês, tendo lutado ao lado de Taleb Abdullah, o comandante sênior do Hezbollah que foi assassinado em junho, em Juaiyya, no sul do Líbano, também em decorrência de um ataque aéreo israelense.
De acordo com as informações da agência AFP baseadas em fontes oficiais libanesas, em mais de oito meses, os ataques transfronteiriços causaram ao menos 494 mortes no Líbano, entre combatentes e civis. Do lado israelense, ao menos 15 soldados e 11 civis morreram.